Com três golos apontados em duas competições, o central goleador garante que a equipa está pronta para a receção ao Sporting e “vai fazer de tudo para que os três pontos fiquem em casa”
Foi da cabeça de Tomás Ribeiro que começou a ser desenhado o triunfo da última jornada. O central, que se estreou a marcar no Algarve, frente ao LGC Moncarapachense, já repetiu a dose frente ao Länk FC Vilaverdense no Estádio D. Afonso Henriques e ao SC Farense – outra vez no Algarve. Com três golos na conta pessoal, é o central mais goleador dos clubes primodivisionários portugueses. Recusa reduzir os objetivos a números porque não gosta de “pôr limites” ao que pode fazer. Focado em “fazer sempre melhor do que ontem”, Tomás Ribeiro prefere atribuir o mérito ao coletivo e afirma que, se não fosse pelos colegas, “não tinha estes golos”.
Na antevisão ao encontro do próximo sábado, frente ao Sporting CP, e no rescaldo de duas jornadas consecutivas a abrir o marcador com a camisola do Vitória SC, o central deixou uma garantia aos adeptos: a equipa vai “fazer de tudo para que os três pontos fiquem em casa”. Tomás Ribeiro acredita que, frente a um grupo “competente” e que lidera a tabela classificativa, o apoio dos adeptos pode ser uma alavanca que faz a diferença e mostrou-se rendido à cidade e ao clube. “É mais fácil se conseguirmos chamar o Inferno Branco, se tivermos um bom ambiente, se puxarmos todos para o mesmo lado desde o primeiro minuto até ao último”, disse.
Importância do grupo para os números individuais: “O fator mais importante para o meu desempenho individual é o grupo. Eu cheguei numa altura mais tardia da pré-época, demorei algum tempo para conhecer o grupo, ainda que a integração tenha sido perfeita, mas acho que é isso: conhecer o grupo e os jogadores. A comunicação sempre foi muito fácil. Uma das coisas mais difíceis na Suíça era precisamente a comunicação por causa da língua. Voltar a Portugal facilitou muito a comunicação dentro e fora de campo. As indicações do mister e fazer jogos consecutivos são fatores muito importantes, mas eu não tinha estes golos se não fosse pelos meus colegas. Acho que é mérito do coletivo”.
Integração na equipa: “O espírito de grupo facilita muito a chegada de um novo jogador e acho que posso falar em nome de todos os reforços desta época. É fácil integrarmo-nos, somos muito bem recebidos. Com as novas ideias do mister Álvaro, acho que se geraram ideias que combinam muito bem. É uma responsabilidade e uma vontade de querermos ser melhores do que nós e do que os outros todos os dias”.
Objetivos: “Estabelecer números, seja de golos ou de assistências, é estabelecer um limite. Não gosto de pôr limites. Gosto de pensar em fazer melhor, ser melhor do que eu e do que fui. É para isso que trabalho diariamente. E, para fazer isso, vou precisar sempre dos meus colegas porque é um desporto coletivo. Quero sempre fazer melhor do que ontem”.
O gosto pelos golos: “Marcar em casa é muito especial. Temos sempre muito, muito apoio nos jogos fora, como tivemos agora em Faro novamente, mas em casa é especial. Temos sempre mais adeptos nossos a festejar connosco. A união é muito maior. No entanto, é engraçado porque os meus outros dois golos foram no Algarve e o Algarve é uma zona do país que é especial para mim porque já fui lá muitas vezes passar férias com a minha família. Já me disseram, em tom de brincadeira, que estou inspirado quando estou no Algarve. Espero continuar assim. Não só no Algarve, mas no resto do país também”.
Antevisão: “No próximo jogo, contra o Sporting, vamos tentar ser iguais a nós próprios. Nós vamos entrar sempre para tentar vencer. É isto que o clube nos pede, é este o espírito do grupo e acho que no jogo contra o Porto demos uma boa amostra, fizemos uma excelente exibição. É isso que podemos prometer aos adeptos: entrar com tudo e fazer de tudo para que os três pontos fiquem em casa. Com o apoio dos adeptos tudo se torna mais fácil. É mais fácil se conseguirmos chamar o Inferno Branco, se tivermos um bom ambiente, se puxarmos todos para o mesmo lado desde o primeiro minuto até ao último. Sabemos que as coisas não nos vão correr sempre bem e que do outro lado vai estar uma equipa que é bastante competente. No entanto, vamos estar focados em nós. E é isso que pedimos aos adeptos: estejam focados em nós, focados neste clube para que estejamos todos a remar para o mesmo lado”.
Apoio dos adeptos: “Claro que o apoio dos adeptos faz toda a diferença. Eu até brinquei com isso quando cheguei ao dizer que é claramente melhor tê-los do nosso lado do que do outro. Eu já joguei neste estádio como adversário e sei que é diferente. Se na altura, estando do outro lado, já fiquei com a sensação de que o apoio dos vitorianos fazia a diferença, agora que visto a camisola do Vitória tenho a certeza e é por isso que apelo a todos para que venham no sábado”.
Guimarães e o Vitória: “Foi muito fácil adaptar-me à cidade. Não só por ser em Portugal, e isso já facilita, mas também conhecia algumas pessoas aqui que me ajudaram bastante, para além da ajuda do grupo. As pessoas são muito amigáveis, muito queridas e isso é importante. Além do mais, qualquer pessoa que tenha a mínima noção do Vitória e do que é Guimarães, sabe que a cidade está completamente interligada com o clube. Uma pessoa sai à rua e sente a ligação do clube com a cidade. Eu saio à rua e vejo pessoas com o casaco do Vitória como se fosse uma t-shirt ou um casaco de uma marca de roupa qualquer. Sente-se mesmo muito essa ligação e é uma coisa que não se vê em todo o lado. Ainda que o Vitória não seja considerado um dos grandes, a verdade é que é um clube muito, muito grande. O Vitória é um clube grande e isso sente-se em vários aspetos”.