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“A exigência é maior mas tento que não se note a diferença de idade”

Martim Guedes, ou Zeega, tem sido titular nos Sub-17

As notícias sobre si apresentam sempre o nome de nascença: Martim Guedes. No entanto, é Zeega que se lê no onze inicial das equipas. Por isso, os mais atentos já perceberam que as escolhas de Gil Lameiras têm contado com a presença do médio. É que o médio, ainda com idade de Sub-16, tem merecido a confiança do mister e é um dos donos do meio-campo vitoriano.

A chamada ao escalão acima traduz-se num “motivo de felicidade” mas o jogador, natural de Paredes, reconhece a “exigência maior” deste campeonato. “A nível físico noto uma diferença grande e tento preparar-me bem para os jogos. Tenho feito também trabalho de ginásio reforçado para estar ao nível dos meus colegas que são um ano mais velhos do que eu. Eu dou o meu melhor, acho que sou um jogador raçudo e tento que a diferença de idades não se note”, começou por dizer.

Fruto da qualidade e do trabalho diário, Zeega tem sido opção no onze dos Sub-17 mas não surge sozinho. Ali ao seu lado, no meio-campo, há outro colega da mesma geração e que tem ajudado a um entrosamento maior na equipa. “Faço parte do meio-campo com o Verdi e o Bruno Abreu e só o Bruno é que já é do escalão de Sub-17. Estar ali com o Verdi ajuda-me porque já jogámos juntos há alguns anos e há uma boa relação dentro e fora de campo. Só espero é que assim continue”, desejou.

Zeega sabe que não pode vacilar para continuar a justificar a titularidade e garante que “não é por já ter trabalhado com o mister que estou no onze”. “No ano passado já trabalhei com este treinador e ele já me conhece mas o mister Gil é muito exigente e só dá oportunidades a quem faz por merecer”, completou.

“Os últimos jogos têm sido mais intensos”

Duas vitórias por igual resultado (3-2) marcam os últimos duelos da equipa vitoriana. Num campeonato onde os Conquistadores seguem em terceiro lugar, não há tempo para distrações e o grupo é o primeiro a reconhecê-lo. Na voz deste número 8, fã de Modric, é percetível a ambição de fazer sempre mais e melhor e, também por isso, o objetivo do apuramento surge como “algo natural”. “Os últimos jogos têm sido mais intensos mas vamos tentar que o próximo seja mais tranquilo. Para isso, temos de entrar bem, mais concentrados e a procurar marcar cedo. Na primeira volta correu bem, vencemos por 0-4, mas as equipas evoluem muito nestes escalões. Por isso, não há jogos iguais e temos de estar precavidos para isso. Da minha parte, espero é manter a titularidade e contribuir para que os golos surjam em grande número”, disse.

“Seleção é recompensa do trabalho no Vitória”

No momento da entrevista, Zeega não sabia ainda que a Seleção Nacional de Sub-16 voltaria a convocá-lo para mais um estágio de preparação. Nós também não o sabíamos mas o assunto foi, naturalmente, abordado. É que o jogador tem merecido a confiança de Bino Maçães e espera continuar a receber as chamadas do técnico nacional:“Ser chamado à Seleção será sempre recompensa do trabalho no Vitória. É óbvio que todos os jogadores desejam ser chamados e eu não sou exceção mas não vivo obcecado com isso. Fico feliz, obviamente, e fico ainda mais feliz por não ir sozinho”.