Influente na batalha do Bessa, diante do Boavista, Tiago Silva avança confiante para o jogo com o Rio Ave, de olhos postos nos três pontos e a contar com uma plateia numerosa no Estádio D. Afonso Henriques
A assistência para o golo de Jota Silva, frente ao Boavista, valeu a Tiago Silva a ascensão ao topo do ranking dos jogadores com mais passes decisivos na Liga Portugal. O médio partilha agora a liderança com Neres (Benfica) Fujimoto (Gil Vicente), Morlaye Sylla (Arouca), Alan (Moreirense), Rafa (Benfica) e Aursnes (Benfica), todos com quatro assistências, e manifestou-se “orgulhoso” em declarações prestadas à comunicação do Vitória Sport Clube. “As assistências significam sempre golos e isso deixa-me satisfeito porque trabalho sempre para a equipa. Para mim, o coletivo está sempre acima do individual”, testemunhou. O empate no Bessa, definido já no tempo extra, deixou, porém, o médio desconsolado. O Vitória SC fez por merecer mais e conta reencontrar-se com os triunfos já na receção ao Rio Ave, deste sábado, naquele que será o último jogo do ano de 2023.
Golo insuficiente no Bessa: “Perdemos dois pontos nesse jogo. Recuámos um bocadinho nos últimos 15 ou 20 minutos, dando a iniciativa do jogo ao Boavista, mas tratou-se de algo pensado e premeditado. Não baixámos no terreno por receio; simplesmente passámos a atacar em transições. E cumprimos essa estratégia à risca. Saímos do jogo, no entanto, com a impressão de que podíamos ter conquistado os três pontos”.
Leva três golos, incluindo um de canto: “Como profissional, nunca tinha marcado um golo olímpico. Todas as semanas treino bolas paradas e, por isso, de vez em quando experimento coisas diferentes. Aquele canto [direto] foi intencional. Apercebi-me de alguma intranquilidade no guarda-redes do Gil Vicente e resolvi cruzar direto para a baliza”.
Um especialista com substitutos: “Sempre fui um bom batedor de bolas paradas [cantos e livres] e, com o tempo, fui aperfeiçoando essa característica. Felizmente, tenho ajudado dessa forma a equipa, isso é o mais importante. Mas há outras opções. Não havendo o Tiago Silva, há o Dani Silva e o Tomás Händel, entre outros. O plantel tem excelentes executantes. A minha ausência nunca será um problema para a equipa”.
Carrossel de boas opções no meio-campo: “Isso só dificulta a tarefa do treinador. E quem não está a jogar obriga os titulares a trabalharem cada vez mais. Esse é um dos segredos desta equipa. Quem não joga, quer roubar o lugar aos outros e obriga-os a trabalhar mais, mais e mais. E isso faz com que se verifique uma evolução. Essa competitividade interna tem sido uma importante chave para o sucesso”.
Jogo com o Rio Ave: “O nosso objetivo seria sempre terminar o ano de 2023 a ganhar no nosso castelo, seja contra quem fosse. E ainda por cima jogamos em nossa casa. Tenho a certeza de que os nossos adeptos vão encher o Estádio D. Afonso Henriques. Serão aquele ‘boost’ que nos ajudará a ganhar a partida. Depois do que fizeram no Bessa, não podemos baixar a fasquia. Por um lado, o nosso desejo é que encham o estádio; por outro, queremos enchê-los de alegrias. Queremos terminar o ano em grande”.
Um Vitória diferente para melhor: “A Liga portuguesa é muito isto: imprevisível. Tão depressa uma equipa está em baixo como de repente reage. As equipas mais regulares andam normalmente pelos lugares cimeiros. A eliminação da Conference League, logo no começo da época, mexeu um pouco connosco, mas depois conseguimos retomar o caminho das vitórias e queremos muito alargar a atual senda positiva. Estamos no bom caminho e não queremos parar”.