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Dérbi do Dia de Reis decidido no fim

João Mendes entrou na segunda metade da partida e, com arte, fez o golo do empate nos últimos minutos do encontro e garantiu a divisão de pontos no 151.º capítulo do Dérbi do Minho

A noite gélida na Pedreira aqueceu com o sempre interessante (e nunca aborrecido) Dérbi do Minho. O 151.º da história disputou-se no Estádio Municipal de Braga e o espetáculo durou até ao apito final. O golo sofrido contra o sentido do jogo aos 53 minutos não afetou a equipa de Álvaro Pacheco e o golo do empate foi a prenda de João Mendes neste Dia de Reis. O médio voltou a figurar na convocatória depois de uma lesão que o afastou dos relvados nas últimas semanas e até começou a partida no banco, mas foi chamado aos 75 minutos. Aos 97 fez o golo para garantir o empate e a divisão de pontos.

A emoção que está subjacente a qualquer dérbi é o combustível que garante intensidade e energia aos jogos. É o elemento diferenciador e o ingrediente que faz com que um dérbi não seja um jogo como os outros. Mas a emoção nem sempre é garante de boas decisões e de discernimento. O Dérbi do Minho da noite deste sábado, 06 de janeiro, foi prova disso. Com as duas equipas a dominar o encontro em diferentes períodos, o golo tardio – mas ainda a tempo de garantir o empate – de João Mendes foi o final perfeito para um encontro que, em demasiados momentos, foi um anticlímax.

Desacertos das duas partes ditaram uma primeira parte sem golos. Não foi, no entanto, desinteressante. Os nervos à flor da pele foram propícios aos remates desenquadrados e a decisões pouco acertadas dos dois lados. A entrada no encontro foi fulgurante, mas foi uma falsa partida. A equipa da casa encontrou o caminho para a baliza vitoriana logo nos primeiros minutos do jogo, mas o lance irregular ditou a anulação do golo. O jogo equilibrou-se e o Vitória SC também procurou o caminho para a baliza. Ricardo Mangas, Tomás Händel, Nuno Santos e Jota Silva rondaram as redes de Matheus, mas não conseguiram inaugurar o marcador.

A segunda metade do encontro começou com mais intensidade e com oportunidades. Pouco depois de regressar do balneário, Jota Silva arrancou em velocidade e obrigou o guarda-redes braguista a esforçar-se para defender o seu remate aos 50 minutos. Uma jogada de perigo deu oportunidade a outra e, aos 51, Jota Silva – outra vez! – cabeceou ao primeiro poste na sequência de um pontapé de canto. Matheus foi obrigado a esticar-se para impedir o golo. Pouco depois, contra a corrente do jogo, surgiu o golo da equipa da casa. Vítor Carvalho, dentro da área, não desperdiçou a oportunidade. A equipa vitoriana não se deixou abalar pelo golo sofrido e Tomás Ribeiro tentou abrir caminho no minuto seguinte, mas não produziu efeitos.

E foi preciso esperar, com muita paciência, pelo empate. O primeiro momento da jogada aconteceu, na verdade, aos 75 minutos quando Álvaro Pacheco lançou João Mendes para o terreno de jogo. O médio não entrou na partida com meias medidas e pouco depois já tentava alvejar a baliza adversária. O remate à figura, já depois dos 90, foi a primeira ameaça. Mas não foi a decisiva. Foi aos 98 que João Mendes garantiu o empate com um golaço. E foi de fora da área que, com arte, tomou o protagonismo no Dia de Reis. O dérbi do Minho acabou com pontos divididos, mas o último momento de êxtase pertenceu aos vitorianos – e a última palavra a João Mendes – para mostrar que os Conquistadores nunca se rendem.