Álvaro Pacheco sublinhou a necessidade de encarar a receção ao FC Penafiel com a máxima seriedade e responsabilidade: “é um adversário que vai exigir 100% do nosso foco”
Depois do empate conquistado nos últimos minutos do Dérbi do Minho, a turma liderada por Álvaro Pacheco vai regressar ao Estádio D. Afonso Henriques na próxima quinta-feira, 11 de janeiro, para o encontro dos oitavos-de-final da Taça de Portugal. O FC Penafiel, da Liga 2, é o adversário da eliminatória, mas os escalões não são postos na prova-rainha do futebol português e, por isso, o timoneiro vitoriano não espera facilidades. “O adversário vai exigir o máximo do nosso foco, vai jogar descomplexado e lutar pelo objetivo de continuar na competição”, disse aos jornalistas.
Para os Conquistadores sobra a responsabilidade de encarar o jogo com seriedade: “Sabemos que depois não há tempo para recuperar, é um jogo a eliminar e neste tipo de prova vê-se quem é campeão na mentalidade”. Álvaro Pacheco confidenciou que o tema tem sido recorrente no balneário até porque é uma prova acarinhada não só pelos adeptos, mas também pelo plantel e equipa técnica. “É uma prova de que todos nós gostamos, é a prova-rainha do futebol português e queremos continuar a disputá-la”, rematou. Para alcançar o objetivo de passar à próxima eliminatória, o timoneiro acredita que a presença dos adeptos nas bancadas do Estádio D. Afonso Henriques é indispensável: “O que nos transmitem é uma motivação para continuarmos no caminho dos nossos sonhos”.
Análise ao adversário: “Vamos enfrentar uma equipa que tem vindo a crescer e que alcançou resultados positivos nos últimos jogos. Acredito que vamos encontrar a melhor versão do Penafiel esta época pelo crescimento que tem evidenciado. É um adversário que tem valor e qualidade e é precisamente por isso que está a disputar esta prova. E querem continuar a fazê-lo, querem continuar a fazer Taça. Nós temos a responsabilidade de estarmos serenos para saber o que temos de fazer. É imperioso entrarmos no jogo de forma séria e a impor as nossas ideias. Temos de perceber o que nos fez chegar aqui para continuarmos na Taça de Portugal. Isso é importante para termos sucesso. O adversário vai exigir o máximo do nosso foco, vai jogar descomplexado e lutar pelo objetivo de continuar na competição. Nós temos de saber que a forma como encaramos este jogo é determinante. Eu acredito no trabalho que fizemos esta semana e acredito no crescimento da equipa. É uma oportunidade de jogar pelo Vitória e de jogar à Vitória para conquistarmos o nosso objetivo de continuar na prova”.
Mudar o chip: “Estou convencido de que a equipa já mudou o chip para o jogo da Taça de Portugal. Nós temos falado sobre isso e ainda hoje falei disso aos meus jogadores. Sabemos que depois não há tempo para recuperar. É um jogo a eliminar. Neste tipo de prova vê-se quem é campeão na mentalidade. Sendo uma prova a eliminar, temos de a encarar como uma final e as finais jogam-se para ganhar. Temos de jogar à Vitória. Sabemos que vamos jogar com um adversário que nos vai criar dificuldades e adversidades. O nosso foco e o nosso processo é olhar para as incidências do jogo e saber como as ultrapassar e só fazemos isso de uma maneira: a jogar de forma séria e responsável”.
Histórico na prova: “Pode servir de alerta no sentido de percebermos que se não formos nós e não encararmos este desafio com a mesma responsabilidade e seriedade com que encaramos os outros, as coisas podem não acontecer como pretendemos. O que estamos a cultivar e a fomentar, semana após semana, é a nossa filosofia de vida, a nossa forma de estar: é a mentalidade de campeões que estamos a construir. Não podemos diferenciar os adversários. Amanhã é mais uma oportunidade para jogarmos pelo Vitória, com este emblema, e para jogar à Vitória”.
A importância do 12.º jogador: “É fundamental que os nossos adeptos marquem presença no jogo. Vamos jogar no nosso estádio e mais uma vez temos de criar o Inferno Branco, que já é a nossa imagem de marca. A energia que nos passam para o relvado é fundamental e é mesmo importante. O que nos transmitem é uma motivação para continuarmos no caminho dos nossos sonhos e para continuarmos nesta prova”.
O jogo do adversário: “É uma equipa que está em crescimento. Neste momento sente-se mais confortável nos seus processos ofensivos. Ataca muito bem. Não só atrai à pressão, mas também aproveita o espaço, principalmente o espaço em profundidade. É uma equipa que em transição é muito inteligente. Às vezes não é tão vertical, mas é muito associativa e inteligente nos momentos de aceleração do jogo. Um dos seus pontos fortes são os lances de bola parada. Tem vindo a fazer golos assim. Cada adversário e cada jogo tem a sua história. O que eu transmiti aos meus jogadores é que amanhã temos uma oportunidade para continuar o nosso trajeto e o que estamos a construir frente a um adversário que vai exigir 100% do nosso foco e responsabilidade. É uma prova de que todos nós gostamos, é a prova-rainha do futebol português e queremos continuar a disputá-la”.
A importância do empate no último minuto no dérbi: “Conquistamos um ponto para coroar uma exibição que eu penso que foi fantástica. Conseguimos fazê-lo por causa da nossa coragem, da nossa determinação, da atitude de nunca desistir e principalmente por nos agarrarmos às nossas ideias, acreditarmos nelas e lutarmos até ao fim. O Dérbi do Minho é sempre um jogo especial e foi importante a forma como chegamos ao golo principalmente por ter sido em casa do adversário. Evidenciamos a nossa maturidade, o nosso crescimento e a nossa superioridade em relação ao adversário. Isto dá-nos alento para percebemos que temos de continuar no nosso processo. Sabemos que ainda há um caminho longo para percorrer e há uma margem muito grande para crescermos. E para continuarmos a crescer temos de nos manter focados, ser responsáveis e ter a mentalidade certa, que é o que andamos a construir todos os dias”.