Encantado com a atitude competitiva dos jogadores, o técnico Álvaro Pacheco considerou que o triunfo do Vitória SC sobre o Famalicão deveria ter sido mais dilatado
Consumada a vitória sobre o Famalicão, Álvaro Pacheco lamentou somente as oportunidades perdidas. Por entre elogios aos jogadores, o treinador sublinhou o poderio do Vitória SC diante de um adversário forte e relativizou o penálti falhado por Butzke, escolhido para a conversão por Tiago Silva e pelos restantes companheiros, conforme revelou. A terminar, absteve-se de comentar a aproximação ao Braga no campeonato, referindo que a equipa já só pensa em bater o Chaves na próxima jornada do campeonato.
Triunfo curto: “Devo realçar a postura da minha equipa. Tínhamos como objetivo regressar às vitórias em casa e isso ficou demonstrado do primeiro ao último minuto. Entrámos fortes e muito agressivos. Nunca permitimos que o Famalicão fizesse as suas ligações. Obrigámos o adversário a nunca estar na sua zona de conforto e tivemos um jogo posicional fantástico, criando oportunidades atrás de oportunidades. O 1-0 foi curto para aquilo que foi a nossa exibição. Defrontámos uma grande equipa e entrámos na segunda parte com a intenção de fazer o segundo golo, isto sem nos expormos. Se o fizéssemos, o jogo terminaria aí, mas penso que o resultado poderia ter sido mais dilatado. De resto, a equipa jogou sempre com grande serenidade e, caso o Famalicão tivesse marcado no último minuto, teria sido altamente injusto tendo em conta aquilo que fizemos. Os meus jogadores estão de parabéns, especialmente pela coragem que revelaram ao longo do jogo”.
As substituições: “Tivemos algumas perdas de bola por mérito do adversário, mas nunca deixámos de criar oportunidades. O João Mendes e o Jota Silva fizeram um jogo monstruoso incluindo sem bola, criando espaços para os companheiros. Tivemos o jogo completamente controlado até eles serem substituídos. Entraram depois jogadores para darem frescura à equipa. E entraram com agressividade e acutilância”.
O penálti falhado por Butzke: “São circunstâncias da vida. Temos é que nos tornar mais fortes com estas coisas. Falhar faz parte da vida e foi isso que transmiti ao jogador. Todo o grupo gosta dele e eu tenho a certeza de que se vai tornar importante na equipa. Foi um jogo muito tático e o João Mendes e o Jota Silva interpretaram-no muito bem. Quanto ao Caio, está a adaptar-se ao jogo coletivo do Vitória. Está a perceber os momentos e a identidade da equipa. Ele entrou quando o jogo estava mais partido e entrou no momento certo pela sua rapidez. Pela inteligência e disponibilidade que demonstra, vai entrar mais cedo nos jogos”.
A conversa com o adjunto Pedro Valdemar: “O nosso grupo é fantástico e vai fazer história. A atribuição da marcação do penálti ao Butzke foi uma decisão do Tiago Silva e do grupo. Foi o grupo a decidir. Foi isso que conversámos”.
Recado ao selecionador Roberto Martínez por Jota Silva? “Não vou enviar recado nenhum. Dou-lhe antes um grande abraço porque está a fazer um trabalho fabuloso. Temos muito orgulho no Jota Silvam e acredito muito que vá ser convocado à Seleção Nacional. Pelo seu desempenho e qualidade, vai dar muito à nossa seleção e a qualquer equipa. É uma oportunidade para todos perceberem que podem lá chegar. O Vitória tem qualidade para levar vários jogadores à Seleção Nacional, eles só têm de continuar a trabalhar. A história do Jota Silva é bonita pela sua resiliência, qualidade e o seu foco. Os sucessos e os insucessos fizeram dele um grande jogador. É inspirador para os jovens”.
A aproximação ao Braga: “Este clube é ambicioso, com uma mentalidade vencedora. Temos é de ganhar o próximo jogo. A nossa filosofia é sermos cada vez melhores. É essa a mentalidade do Vitória. Nós queremos é conquistar mais três pontos no próximo jogo. Temos mentalidade de campeões”.