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De cabeça levantada depois da queda

O sonho de uma presença no Jamor desvaneceu-se na segunda mão das meias-finais da Taça da Portugal. No regresso ao Dragão, o Vitória SC adiantou-se primeiro no marcador, mas um penálti ressuscitou o FC Porto, que, num jogo equilibrado, só fez a diferença pela eficácia na finalização

A admirável caminhada do Vitória Sport Clube na Taça de Portugal terminou nas meias-finais, diante de um FC Porto rodado a carimbar apuramentos para o Jamor. Os visitados levaram a melhor por 3-1, com golos de Taremi (26’), Francisco Conceição (45’+5’) e Pepê (75’), com o resultado final a não espelhar verdadeiramente o desenrolar da partida, muito pautada pelo equilíbrio. O vencedor seria, porém, premiado pela eficácia dos seus jogadores na finalização, ao passo que ao Vitória SC faltou a clarividência que havia demonstrado na anterior visita ao Estádio do Dragão, a contar para o campeonato.  

Depois da derrota caseira, pela margem mínima, na primeira mão das meias-finais, a equipa comandada por Álvaro Pacheco apresentou-se no Estádio do Dragão decidida a acertar contas e teve um começo de sonho, com Afonso Freitas a faturar logo aos 59 segundos, na sequência de um lançamento lateral de Jota Silva. Jorge Fernandes ganhou de cabeça nas alturas, Nélson Oliveira apareceu na pequena área a antecipar-se a Pepe e o lateral-esquerdo só teve de encostar à boca da baliza, despejando um valente balde de água fria entre os azuis e brancos.

O golo dos visitantes mexeu com o adversário e só não teve maior impacto porque o FC Porto depressa chegou à igualdade (26’), por intermédio de Taremi, na conversão de um penálti a castigar um derrube de Charles a Francisco Conceição. A partir daí, os azuis brancos ganharam alento e aceleraram para uma primeira parte demolidora, muito à custa do talento de Francisco Conceição. Em noite endiabrada, o filho do treinador dos portistas assinaria inclusivamente a reviravolta em cima do intervalo, num lance em que tabelou com João Mário para de seguida atirar colocado de pé esquerdo.

Embalado por uma impressionante plateia de mais de três mil adeptos que haviam viajado de Guimarães, o Vitória SC não baixou os braços com o andamento negativo do marcador. Para a segunda parte, Álvaro Pacheco trocou Nélson Oliveira por Kaio César e Afonso Freitas (com queixas num joelho) por Miguel Maga e a equipa mudou de figurino, tomando conta por completo da partida e passando a criar mais oportunidades. Os papéis inverteram-se… menos no capítulo da finalização, como se verificou aos 75 minutos: após recuperação de bola a meio-campo, Romário Baró fez grande passe para Pepê e este, em boa posição, aproveitou para ampliar a vantagem, sentenciando de vez a partida e a eliminatória.

O jogo ficaria marcado por novas oportunidades e ameaças do Vitória SC, mas o marcador já não voltaria a funcionar. Os Conquistadores caíram de pé na Taça de Portugal e encaram agora o campeonato cheios de ambição, estando a próxima etapa marcada para o próximo domingo, no Estádio de Alvalade, frente ao Sporting.

A ficha do jogo AQUI