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Álvaro Pacheco: “Neste clube olha-se para a frente, queremos mais três pontos”

Dizendo-se “orgulhoso” da campanha do Vitória SC no campeonato, o treinador aposta numa equipa poderosa para levar a melhor sobre um Boavista sedento de pontos

A fronteira que separa uma época meritória de uma temporada extraordinária situa-se algures entre as quatro jornadas que restam no campeonato. É para aí que aponta Álvaro Pacheco. Assegurado o apuramento europeu, o técnico não para de carregar na ambição e assume, sem rodeios, que só importam os três pontos na receção deste sábado ao Boavista, um adversário muito duro que exigirá um desempenho elevado de todos os Conquistadores que saltarem para o terreno de jogo. Por entre elogios aos seus atletas, Pacheco dá ainda conta de um Vitória SC mais do que alertado para todos os potenciais perigos dos axadrezados.      

Nota de pesar: “Antes de mais, apresento as minhas condolências ao Xico Andebol e à família pelo falecimento do atleta Paulo Abreu”.

O jogo com o Boavista: “Vamos defrontar um Boavista à procura de pontos e que mudou recentemente de treinador. E nesta altura os pontos começam a ficar cada vez mais caros. Até ao fim do campeonato, temos 12 pontos para disputar e nós queremos muito regressar às vitórias já nesta jornada, tanto mais que vamos jogar no nosso estádio. Devemos estar orgulhosos, eu pelo menos estou muito orgulhoso dos meus jogadores por terem abraçado tão bem as minhas ideias e metodologias. Fomos construindo uma mentalidade de vencedores e, por isso, estamos a fazer uma época brilhante. Neste clube olha-se sempre para a frente, temos quatro jogos e vamos com muita ambição para a partida com o Boavista. Vamos com a ambição de conquistar os próximos três pontos”.

As quatro jornadas que restam podem determinar época de exceção? “Independentemente do que ainda possa acontecer, o Vitória SC realizou um excelente campeonato e ainda pode ser extraordinário. Para conseguirmos esse campeonato extraordinário, teremos de continuar focados nas nossas tarefas. Nada apagará, porém, a excelente época dos meus jogadores, da equipa toda, em função das adversidades com que nos fomos deparando. A quatro jogos do fim do campeonato, estamos a cinco pontos do terceiro e quarto classificados; já na época anterior, o quinto classificado, que não foi o Vitória SC, ficou a 20 pontos do quarto. Estamos muito satisfeitos e nada apagará o que fizeram os jogadores, mas a equipa está sempre focada naquilo que ainda pode conquistar. É essa a nossa mentalidade. Está a ser uma boa época, mas queremos que ela se torne extraordinária. Vamos em busca disso. Para isso acontecer, teremos de ser Vitória SC, fazendo as coisas acontecer”.

A evolução de Kaio César e o que poderá ser na próxima época: “Não gosto de particularizar. Se olharmos para aquilo que era a equipa no início e para a atualidade, eu acho que todos os jogadores evoluíram. Evoluiu a equipa e evoluíram as individualidades. O Vitória SC passou a ter jogadores valorizados, de alto nível. São jogadores apetecíveis tanto para o mercado nacional como para outros mercados. O Kaio César entrou mais tarde, mas manifestou sempre grande potencial, disponibilidade e capacidade para se adaptar à nossa realidade, à nossa cultura e ao nosso futebol. Evoluiu muito e tem tudo para exponenciar ainda mais as suas características. Não tenho dúvidas de que fará uma carreira brilhante”.

Aspetos cruciais frente ao Boavista: “Teremos de controlar muito bem o jogo. O Vitória SC terá de entrar com agressividade e intensidade, jogando à Vitória SC, promovendo depois as nossas combinações, de modo a levarmos a bola até às zonas de finalização. Chegados a essas zonas, teremos de nos apresentar serenos e tranquilos para finalizarmos bem. Não podemos é perder o controlo e os equilíbrios do jogo. O Boavista tem como pontos fortes as transições, a verticalidade no jogo, a agressividade e a paixão pelo jogo, pelo que teremos de nos apresentar num nível muito alto. Vão exigir de nós um foco muito alto e capacidade para interpretar bem o jogo. Se o Boavista ficar mais passivo e jogar à espera do nosso erro, teremos mais espaços. Se encontrarmos um Boavista mais agressivo, a condicionar a nossa posse de bola, os espaços serão outros”.

Os regressos de Bruno Gaspar e Jorge Fernandes: “Deparamo-nos com adversidades em todas as semanas. Temos é que nos agarrar às soluções, passando essa forma de estar para os jogadores. Não sou treinador de me lamentar. Quero sempre ir em busca daquilo que nós pretendemos com os jogadores disponíveis. Quem estiver disponível estará preparado e muito focado para o jogo, de modo a conquistarmos os três pontos”.

Evitar golos sofridos em momentos-chave: “Os nossos equilíbrios são muito importantes. O nosso adversário precisa de conquistar pontos porque está a lutar pela permanência na Liga Portugal. Vão procurar todo o tipo de espaços, vão procurar muito desequilibrar. Vão procurar fazer mossas no Vitória SC. Temos de saber o que fazer quando não tivermos bola, condicionando da melhor forma possível o Boavista. Temos de saber bem o que devemos fazer para proteger bem a nossa baliza e isso terá de ser levado em conta também quando tivermos a bola. A equipa nunca poderá ficar desequilibrada em campo. Não nos podemos expor aos contra-ataques do adversário. Se o Boavista marcar, vamos manter a serenidade, continuaremos sempre em busca daquilo que nós pretendemos”.

Jota Silva alinha de início? “Por vezes temos de gerir o grupo. Tivemos de gerir o Jota no jogo anterior, mas agora já está pronto para jogar. Vai a jogo”.