Uma lamentável distração do VAR influenciou o desfecho de um jogo eletrizante entre o Vitória SC e o Braga. O equilíbrio foi a nota dominante, com Rony Lopes a apontar o golo do triunfo da equipa visitante aos 90’+3’
Naquele que foi um dos melhores desempenhos do Vitória SC nesta temporada, diante do Braga, o VAR não fez aquilo que lhe compete e esse lapso teve um impacto relevante no resultado do dérbi minhoto, do qual saiu vencedora a equipa visitante por 2-3. Quando a partida registava uma igualdade (1-1), aos 63 minutos, o vídeo-árbitro não viu que o central Niakaté jogou a bola com o braço na área dos bracarenses, conforme espelharam as imagens televisivas, e não transmitiu a devida indicação ao árbitro Fábio Veríssimo, pelo que ficou por assinalar um penálti a favor dos Conquistadores. Semelhante distração manchou negativamente a partida que se situou seguramente entre as mais bem disputadas no principal campeonato português nesta temporada.
De pé a fundo no acelerador, com a clara intenção de ganhar para se aproximar do quarto lugar e estabelecer um novo recorde pontual, o Vitória SC apresentou-se forte logo no começo e, por isso, foi sem grande espanto que se adiantou primeiro no marcador (10’). No seguimento de um lançamento, André André invadiu a área e cruzou rasteiro, com Bruno Gaspar a surgir ao segundo poste a encostar. O Braga sentiu o soco e, pouco depois, os visitados estiveram muito perto de ampliar a vantagem, num lance em que Tomás Ribeiro chegou ligeiramente atrasado para fazer a emenda após um primeiro remate de Tiago Silva. E seria contra a corrente do jogo que os arsenalistas repuseram a igualdade. Ricardo Horta abriu caminho pela esquerda e, já dentro da área, Bruma completou o lance com um tiro certeiro (24’).
O perigo rondaria as duas balizas até ao intervalo e a incerteza prolongou-se no segundo tempo. Convém sublinhar que o reatamento da partida chegou a ser uma aflição para os bracarenses. Primeiro foi Tomás Ribeiro a enviar uma bola à barra, depois seria Niakaté a desviar uma bola com o braço. O Vitória SC criava mais ocasiões de perigo, mas o Braga acabaria por ser brindado pela eficácia de Ricardo Horta (75’), a concluir uma série de ressaltos na área. Pela primeira vez na partida, os arsenalistas chegavam à vantagem, mas os comandados de Álvaro Pacheco tiveram nervos de aço e responderam à altura aos 80 minutos, por intermédio de Ricardo Mangas, oportuno a aproveitar uma nova assistência de André André no seguimento de um grande lance de Jota Silva sobre a esquerda. As grandes decisões da partida precipitaram-se para o tempo extra e Rony Lopes revelou-se o ás de trunfo do Braga, decidindo a partida aos 90’+3’.
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