Melhor marcadora da equipa feminina de futebol analisou a época das Conquistadoras e projetou o play-off de subida à I Divisão Nacional, que colocará frente a frente Vitória SC e FC Famalicão
O tão esperado momento chegou. A equipa feminina de futebol do Vitória SC vai medir forças com o FC Famalicão, 10.º classificado da Liga BPI, no play-off de subida ao patamar mais alto do futebol feminino em Portugal. Este sábado, no Campo 2 do Complexo Desportivo Municipal, pelas 11 horas, famalicenses e vitorianas vão disputar a 1.ª mão desta fase do campeonato.
Em antevisão ao encontro, Beatriz Conduto, melhor marcadora das Conquistadoras com 10 golos, espera um adversário “competente” e que “vai tentar dominar o encontro”. Do lado das vitorianas, refere a camisola número 10, pode-se esperar uma turma com vontade de vencer e de contrariar o favoritismo famalicense. No meio-campo ou no setor ofensivo, Beatriz Conduto tem sido um dos pilares do esquema tático de Ivo Roque e vê com bons olhos o Vitória SC na I Divisão Nacional.
Subida direta não conseguida: “Fica sempre um sabor amargo quando estivemos tão perto de alcançar o nosso principal objetivo e acabamos por morrer na praia. Mas, ao mesmo tempo, é sinal que lutamos até ao fim e que estivemos até à última jornada com a hipótese de subir”.
Vontade de surpreender: “No play-off, o Vitória pode fazer aquilo que fez durante o campeonato inteiro que foi surpreender as pessoas que nos acompanham e aquelas que não davam tanto por nós. O orçamento [do Famalicão] a mim não me diz nada. No futebol, o dinheiro conta pouco. O que conta é a vontade que as equipas têm e nós temos muita vontade de vencer”.
Adversário: “O Famalicão é uma equipa competente, não se esperava que estivessem nesta posição. Têm jogadoras de muita qualidade e experientes. Esperamos um jogo muito difícil, o Famalicão vai tentar dominar o encontro, mas queremos ir contra aquela que será a esperada corrente do jogo”.
Retrospetiva da época: “A época da equipa foi boa, acima do esperado. Fomos uma equipa muito competente durante todo o ano. Acabamos por nos superar no decorrer da época. Tivemos dificuldades que conseguimos contornar e, acima de tudo, viu-se muita vontade e entrega de toda a gente. Jogando muito ou pouco, todas foram úteis e houve sempre muita união. A minha prestação foi ao encontro daquilo que foi a época coletiva. As minhas colegas ajudaram-me muito desde que cá cheguei, acabei por fazer uma boa época, marquei alguns golos e tive um impacto positivo, mas isso só aconteceu porque temos um grupo muito forte e que trabalha muito”.
Jogar a avançada: “Não era algo que estivesse à espera. A minha posição favorita é média, mas no fundo acabamos por jogar onde é preciso e a partir do momento em que foi preciso jogar a avançada, eu sabia exatamente o que tinha de fazer. Já o tinha feito no passado. Eu tento fazer aquilo que me pedem para o bem da equipa”.
Mística vitoriana: “O Vitória é um clube muito acolhedor e tem uma mística completamente diferente daquilo que eu já tinha sentido noutros clubes. Os adeptos vivem muito o Vitória, as pessoas da cidade gostam muito do clube. É um clube que está a crescer no futebol feminino e resultado disso é que estivemos até à última jornada com a possibilidade de subir diretamente. Temos as nossas Sub-19 com a possibilidade de subirem de divisão e tivemos as nossas Sub-13 a vencerem a Festa do Futebol Feminino. Isso é tudo sinal do investimento que está a ser feito por parte do clube. É muito bom sentir que as coisas estão a andar para a frente e que há uma aposta forte”.
Vitória na I Divisão: “Vejo o Vitória na Liga BPI com muitos bons olhos. É um clube que oferece boas condições. Se subirmos, o clube vai continuar a apostar forte. Será uma equipa ao nível do Vitória”.