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“Sou um pouco louco mas faz parte da nossa posição”

Rúben Cunha regressou à baliza dos Sub-17

Tão novo e já com tantos anos de Vitória. Esta poderia ser a frase de apresentação de Rúben Cunha, jovem guarda-redes dos Sub-17. Natural de Guimarães, o guardião vitoriano conta com uma década a jogar com a ‘branquinha’, sendo que no seu caso, o laranja foi a cor que mais vestiu esta temporada. Usou-a na baliza como titular no início da época e, depois de ter estado no banco de suplentes, regressou ao onze já na Fase de Apuramento de Campeão.

O jogo com o Casa Pia AC foi o ponto de viragem e o guarda-redes mostrou ao mister Gil Lameiras que estava mais “vivo do que nunca”. “Comecei a época a titular mas depois não fui a primeira escolha para o onze e, já nesta fase final, o mister voltou a confiar em mim e as coisas têm-me corrido bem. Ainda no último jogo, com o Sporting, não sofri golos e isso é sempre algo muito positivo para o guarda-redes”, disse em entrevista aos meios de Comunicação do Clube.

Manter a baliza a ‘zero’ é o objetivo de todos os donos daquele lugar, que têm sempre algo em comum: uma certa dose de loucura. Rúben também se assume um “pouco louco” mas reconhece a “responsabilidade e foco” a que a posição obriga. “A posição de guarda-redes é muito ingrata, porque uma única falha pode colocar em causa todo o trabalho da equipa. O trabalho durante o jogo e todo aquele que foi pensado e desenvolvido ao longo da semana mas foi isto que eu quis para mim, por isso, acho que tenho capacidade mental para lidar com os erros. Sou um pouco louco e considero-me bom com os pés. No início tinha mais dificuldades mas penso que tenho vindo a melhorar no jogo aéreo”, afirmou.

A ocupação da grande área ou do banco de suplentes foi sempre entendida pelo próprio, que garante um “ambiente muito saudável” entre todos os guarda-redes. Aliás, Rúben acrescenta ainda que a “união e amizade que existe na equipa é uma das razões do sucesso desta geração”. “A nossa geração é muito boa. Fomos sempre uma equipa com talento e até muito apreciada pelos outros. Isso provoca-nos mais responsabilidade mas é uma responsabilidade boa, que nos faz não gostar nada de perder e de querer sempre mais. Estamos juntos há vários anos, há jogadores que estão comigo desde o início e isso faz com que, em momentos de maior pressão e stress, a amizade venha ao de cima e o grupo fique mais coeso e unido”, reforçou.

Os anos de Vitória são, por isso, sinónimo de anos de amizade com alguns jogadores. Afonso Meireles é um dos “mais próximos” de Rúben e é, também por isso, que o guarda-redes fica “genuinamente feliz” por vê-lo a brilhar na seleção. A ele e ao outro Afonso: “Ficámos todos muito felizes por ele. Torcemos muito uns pelos outros e sempre que ele e o Vieira eram chamados, era como se todo o grupo estivesse a viver aquele momento. Infelizmente, o Vieira lesionou-se e não pôde estar presente mas torço muito por ele também, pois também é dos mais antigos aqui”.

“Dérbi é dérbi”

Se não há duas sem três, nos campeonatos nacionais, podemos quase dizer que não há três sem quatro. Apurados para a Fase de Apuramento de Campeão, Vitória SC e SC Braga medem forças quatro vezes na temporada. O último duelo, em Guimarães, foi favorável aos Conquistadores e o objetivo é fazer o mesmo na Cidade Desportiva. “Está tudo por definir neste momento e as equipas estão muito próximas entre o segundo e o quinto lugar e nós queremos ficar o mais acima possível, para isso, queremos ganhar ao Braga, até porque dérbi é dérbi. Depois de duas derrotas, vencemos o último jogo com eles e sentimos que estamos mais fortes do que estávamos no início da época. Por isso, vamos a Braga com o objetivo de reforçar um lugar no pódio e aumentar a distância para quem nos segue”, assumiu, lamentando depois alguns resultados que impediram a equipa de estar a lutar pelo pódio: “Tivemos muitos empates que souberam a derrota por aquilo que fizemos nesses jogos. Há esse amargo de boca porque com mais dois pontos num ou noutro jogo, estaríamos a lutar pelo título nacional”.