Por entre elogios aos jogadores, o treinador do Vitória SC sente que a equipa se aproxima do ponto desejável para o primeiro jogo oficial da temporada 2024/25
A duas semanas da primeira mão da segunda pré-eliminatória da Conference League – o adversário do Vitória Sport Clube será o Floriana FC (Malta) ou o SP Tre Penne (San Marino), Rui Borges abriu parcialmente a porta dos bastidores para dar conta de uma preparação muito proveitosa. Dizendo-se amplamente satisfeito com o empenho dos jogadores, o treinador considera que as suas ideias estão a ser bem assimiladas pelo grupo e prometeu apresentar uma equipa competitiva no arranque da temporada, capaz de se bater sempre pelos triunfos contra qualquer adversário. Até lá, ciente de que dispõe de um leque de profissionais de qualidade, continuará a aproveitar os jogos particulares para afinar processos e minimizar todos os erros possíveis.
Pré-época a todo o gás: “Levamos duas semanas e meia de trabalho muito boas. O espírito de grupo é excelente, há muita positividade e competitividade. Tudo isso vai de encontro ao que pretende a equipa técnica. A resposta dos jogadores tem sido fantástica: estão muito disponíveis para aprender e aceitam muito bem as nossas mensagens. Por isso, já se encontram minimamente identificados com as nossas ideias e com o que se pretende para o coletivo. Ainda temos, porém, margem para crescer. A equipa vem de uma forma de estar em campo diferente daquilo que nós desejamos e a mudança leva o seu tempo. Temos um grupo com muita qualidade e inteligência, pelo que os jogadores vão adaptar-se facilmente às novas ideias. Têm demonstrado isso. Alguns pormenores requerem mais tempo, mas estou muito tranquilo e feliz ao vê-los a trabalhar, já com aqueles comportamentos que eu desejo para a equipa”.
Defesa a quatro: “É a forma como nós olhamos para a organização de uma equipa. Partimos de um sistema diferente daquele em que jogava o Vitória nas últimas épocas, mas os jogadores são muito inteligentes e adaptam-se facilmente a outros sistemas. Vários já trabalharam noutros clubes e com diferentes treinadores e, por isso, têm a capacidade de jogar em qualquer sistema, correspondendo às nossas exigências. O grupo tem dado uma resposta muito boa e, entre todos, perguntando e respondendo às questões que se vão levantando, vamos tentar recolher o melhor de todos. Sendo o líder e o mentor daquilo que se trabalha em termos de comportamentos em campo, preciso de todos. São eles que fazem de mim treinador, não sou eu que faço deles jogadores”.
Data marcada: Tenho registado um foco muito grande da parte dos atletas, o diálogo tem sido bastante positivo e vamos continuar a trilhar o nosso caminho, sabendo que teremos de nos apresentar dentro do expectável no dia 25 de julho porque queremos muito trazer uma vitória do primeiro jogo da Conference League. É esse o nosso objetivo e não vamos fugir dele. Acredito que nessa altura seremos capazes de fazer um bom jogo e ganhar”.
A importância dos jogos particulares: “Vai muito para além dos resultados. É sempre bom ganhar, mas não é isso que me alegra nesta fase. Mas eu sei que o ADN do Vitória aponta nesse sentido: ganhar. Há que conquistar, ganhar jogos. Como treinador, estou nesta altura muito focado na capacidade da equipa e na disponibilidade física dos jogadores. Queremos crescer nesses aspetos ao longo do tempo e a verdade é que a equipa tem dado respostas muito boas. Não tenho dúvidas de que no dia 25 estaremos capazes de jogar dentro do que é expectável, embora sabendo que a equipa não estará ainda ao nível do que nós desejamos. Os próprios jogos oficiais vão-nos ajudar a melhorar muito e a ganhar ainda mais capacidades. Por mais que se provoquem erros num jogo particular, é tudo diferente numa partida oficial. Aí, sobem claramente os níveis de ansiedade e de adrenalina.
Erros e respostas: “Os jogos oficiais mexem muito mais com os atletas. Nesses jogos, vão dar-nos outras respostas, aprendendo ao mesmo tempo com os erros. Até lá, vamos tentar minimizar os erros o máximo possível. Será um Vitória SC competitivo, capaz de ombrear com qualquer adversário”.
Dez golos marcados e apenas dois sofridos em três testes: “Fazendo muitos golos ou poucos, sofrendo golos ou não, esta equipa lutará sempre pela vitória. Queremos é ganhar. Apesar disso, cada um dos elementos da equipa técnica trabalha muito uma vertente específica. Não gostamos de sofrer golos. O Ricardo [Chaves], por exemplo, está muito focado nesse sentido. Mas queremos é ganhar. Umas vezes jogaremos melhor, outras não será tanto assim, o objetivo será sempre o mesmo: ganhar. Quando não jogarmos tão bem, terá de sobressair a componente competitiva, o rigor e a vontade. Não vamos ganhar sempre tendo por base a qualidade porque do outro lado também vai aparecer qualidade. Tendo a atitude correta em todos os jogos, vamos ganhar mais vezes”.