Um jogo em cheio do Vitória SC frente ao Boavista, com um bis de Gustavo, durante o tempo regulamentar perdeu brilho no tempo extra. Os axadrezados beneficiaram de dois penáltis nos descontos e Reisinho não falhou, assegurando um improvável empate (2-2)

O Vitória Sport Clube foi do céu ao inferno no mesmo jogo, na receção ao Boavista, não indo além de um empate (2-2) quando tudo parecia apontar para a obtenção de um triunfo folgado. Embalados pelo recente triunfo na UEFA Conference League, diante do NK Celje, os conquistadores dominaram por completo a partida, chegaram à vantagem de dois golos, com remates certeiros de Gustavo, e apenas fraquejaram na ponta final, depois de terem desperdiçado um par de oportunidades para aumentarem o “score”, numa altura em que os axadrezados davam tudo em busca da igualdade. Semelhante objetivo, que parecia ser tudo menos exequível, acabaria mesmo por ganhar forma no tempo extra: dois penáltis vindos do céu bafejaram o Boavista e Reisinho, na conversão, fixaria o resultado em 2-2.
Deparando-se com um adversário ultradefensivo, mais interessado em fechar caminhos para a sua baliza e a destruir ataques contrários do que a arriscar o ataque, os conquistadores tomaram conta rapidamente da partida e, sem grande espanto, chegaram à vantagem aos 34 minutos, num lance em que Gustavo tirou partido do seu sentido de oportunidade. Na sequência de um canto, Mikel Villanueva desviou de cabeça para defesa incompleta de César e o extremo brasileiro apareceu no sítio certo para a recarga. Tomás Händel, João Mendes e Kaio César já haviam ameaçado o golo em ocasiões anteriores e, por isso, o disparo certeiro de Gustavo acabaria por espelhar o sentido de jogo e o número elevado de oportunidades criadas pelos visitados. A tendência manteve-se até ao intervalo e teve sequência no segundo tempo até que Gustavo voltaria a fazer o gosto ao pé aos 49 minutos, após bola longa para Nélson Oliveira, que teve o condão de apanhar a defesa axadrezada em contrapé e de fintar o guarda-redes César.
Tudo apontava para uma jornada em cheio perante uma plateia vibrante e superior a 15 mil espectadores no Estádio D. Afonso Henriques. O grande problema é que o Vitória SC fraquejou nos últimos instantes da partida e o Boavista agarrou-se a isso com o sendo a última centelha da vida possível, agigantando-se depois no tempo extra para surpresa total da equipa comandada por Rui Borges. Um alegado braço na bola de Manu Silva e depois uma suposta falta de Zé Carlos sobre Bozenik redundaram em penáltis e Reisinho revelar-se-ia letal da marca dos 11 metros nas duas ocasiões, oferecendo um precioso ponto à equipa do Bessa, para o campeonato. A próxima etapa do Vitória SC está marcada para 19 de outubro, frente ao Paços de Ferreira, em jogo referente à terceira eliminatória da Taça de Portugal.
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