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Rui Borges: “Devemos transformar a revolta em energia positiva”

Na ressaca do dérbi de Braga, manchado pela arbitragem, o técnico do Vitória SC perspetiva uma reação forte na receção ao Moreirense, apostando na conquista de mais três pontos no campeonato  

A “revolta” provocada pelo penálti inexistente que desvirtuou o resultado do jogo Braga-Vitória SC, referente aos quartos-de-final da Taça da Liga, será superada frente ao Moreirense, no regresso do campeonato. Na antevisão da partida, Rui Borges deu conta de um grupo forte e decidido a responder às últimas adversidades com um triunfo claro sobre os “cónegos”, um conjunto competitivo que inspira todos os cuidados possíveis. Certo de que os jogadores estão preparados para um grande jogo, o treinador sublinhou ainda a importância dos adeptos e garantiu que é sempre um conforto para a equipa jogar no Estádio D. Afonso Henriques.

Mentalidade: “Tudo aquilo que se passou no jogo de Braga deve funcionar como energia positiva para a partida com o Moreirense. Nada mais do que isso. Temos de nos focar naquilo que podemos controlar sabendo que vamos defrontar uma boa equipa. Devemos focar-nos bem nos nossos comportamentos individuais e coletivos para depois nos tornarmos fortes no jogo. Se assim for, sairemos vencedores desse embate”.

Derrota e arbitragem de Braga digeridas? “Digerir? Tem de passar. Queremos andar nas competições todas e os jogos passam rapidamente. Temos de mudar de chip rapidamente, independentemente de tudo aquilo que possa mexer connosco, incluindo a parte mental. O grupo está muito focado na próxima partida e quer muito jogar. Queremos dar uma boa resposta tal como temos dado sempre. Foi assim no último jogo: não fomos vencedores, mas merecíamos tê-lo vencido. Devemos agora seguir em frente, continuando a ser muito fortes e competentes”.

Interpretação sobre as imagens do penálti assinalado em Braga: “Não vou alimentar mais isso. O presidente do Vitória SC já falou sobre isso, expressando muito bem o sentimento de todo o grupo: jogadores, treinadores e staff. O presidente falou e bem. A interpretação sobre esse lance fica para vocês [jornalistas]. Nós sabemos bem o que temos feito e aquilo que já construímos nesta temporada. E vamos continuar a construir. Nada do que aconteceu ou possa acontecer vai abalar o espírito Vitória, aquele espírito competitivo da equipa. É isso que contamos ser amanhã [domingo] e com a ajuda dos nossos adeptos, que são muito importantes. Que a energia e a revolta deles se tornem também energia positiva. Precisamos muito deles por causa do cansaço, por causa de tudo aquilo que possa surgir. Vamos precisar muito deles e eles têm estado sempre connosco”.

Mensagem passada à equipa: “As palavras que dirigi ao grupo foram exatamente as mesmas que já vos transmiti aqui. Devemos transformar a revolta e a raiva em energia positiva. Vamos precisar dela perante um adversário que nos vai criar mais dificuldades do que as criou o Braga. Não tenho qualquer dúvida disso. Vamos ter um jogo difícil em nossa casa, perante um bom adversário. Devemos jogar com o mesmo rigor e a mesma entrega que tivemos em Braga. Se continuarmos assim, sairemos vencedores do jogo”.

Fasquia elevada e falta de tempo: “Digo que o jogo com o Moreirense vai ser mais difícil do que defrontar o Braga porque houve pouco tempo para prepará-lo. É certo que o atual Moreirense tem muita coisa da época passada, mas também aspetos do seu treinador e bem. É um jogo difícil de preparar porque só tivemos um dia e meio para o fazer. E os jogadores também precisam de descansar e recuperar. Temos tido muitos jogos seguidos, com pouco tempo para recuperar”.

Gratidão a um adversário forte: “Respeito muito o Moreirense por tudo o que passei ao serviço desse clube e por aquilo que me proporcionou em termos de carreira. Estou no Vitória SC graças também à oportunidade que me deu o Moreirense. Vamos defrontar uma equipa difícil e muito competitiva. Conheço bem a maioria dos jogadores e trata-se de um conjunto cheio de qualidade e muito organizada. Raramente perde equilíbrio em termos defensivos e ofensivos. É uma equipa que percebe bem todos os momentos do jogo. São muito organizados e coesos”.

Momento ideal para regressar a casa? “Será o melhor momento para jogar em nossa casa. É sempre bom jogar em nossa casa. Os nossos adeptos são diferentes e ajudam-nos bastante, muito mesmo. Com esta carga de jogos, têm tido um espírito competitivo muito grande, passam de fora para dentro muita energia positiva. É disso que precisamos para defrontar uma equipa forte e para voltarmos a ganhar”.