De volta ao Estádio D. Afonso Henriques, o Vitória SC superiorizou-se a um duro Moreirense e levou a melhor por 1-0, reencontrando-se com os triunfos no campeonato
Quando é necessário, o Vitória Sport Clube também sabe ganhar na garra. Foi o que demonstrou na receção ao vizinho Moreirense, uma das equipas mais competitivas da Liga Portugal e que ainda tem as impressões digitais do técnico Rui Borges. Na véspera da partida, o treinador já havia estimado uma montanha de dificuldades e a equipa teve pernas para a escalar, suportando um adversário forte defensivamente e que, volta e meia, aparecia a criar perigo em termos ofensivos. Com mais posse de bola, remates e ataques, os conquistadores igualaram o Moreirense em termos de competitividade e agigantaram-se progressivamente no jogo até chegarem à vantagem, o que se verificaria apenas no segundo tempo, por intermédio de Nélson Oliveira, para o nirvana absoluto dos mais de 18 mil espetadores que marcaram presença no Estádio D. Afonso Henriques.
Alcançado o golo, à custa de muito esforço e paciência perante um adversário que nunca se sentiu desconfortável nas manobras defensivas, o Vitória SC teve ainda o mérito de suportar a reação contrária, não deixando assim escapar a tal vantagem ao invés do que já se verificara nesta temporada, ainda muito densa em jogos de nível competitivo elevado. A equipa comandada por Rui Borges respira saúde e, novamente reforçada por Gustavo Silva (ausente por lesão em partidas anteriores), chegou e sobrou para se superiorizar aos cónegos, sem dar sinais de fraquejar. Com Tomás Ribeiro de volta ao onze inicial para compensar a ausência, por castigo, de Borevkovic, primou pela segurança na defesa e, por isso, tudo se tornou relativamente mais fácil na frente, com o golo a aparecer aos 65 minutos, da autoria de Nélson Oliveira. Na sequência de um livre cobrado por Tiago Silva, o muro defensivo do Moreirense falhou o alívio e o ponta-de-lança aproveitou à primeira oportunidade, disparando fortíssimo para o fundo da baliza. Um golo de garra a combinar, na perfeição, com a exibição do coletivo.
O Moreirense também assustou, mas é justo sublinhar que o Vitória SC criou oportunidades suficientes para construir um triunfo mais dilatado. Teve-as no primeiro tempo e, depois de Jota Silva ter reaparecido no relvado ao intervalo para matar saudades, colecionaria outras na etapa complementar, como se verificaria aos 49 minutos (remate de Nuno Santos para defesa apertada de Kewin), aos 50 (Samu errou o alvo por muito pouco) aos 88 (Gustavo chegou a aparecer na cara do guarda-redes), entre outros lances de apuro para os visitantes. A chama nunca se apagou e Rui Borges fez questão de lhe dar combustível até ao fim, reflexo das substituições cirúrgicas que foi operando. De volta ao quinto lugar e com 18 pontos somados no campeonato, ainda que à condição (o Santa Clara joga nesta segunda-feira), o Vitória SC recupera agora o fôlego para receber o Mladá Boleslav [Chéquia] na próxima quinta-feira, em jogo referente à terceira jornada da fase regular da UEFA Conference League.
A ficha de jogo AQUI
