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Rui Borges: “Estou contente com o grupo e só pensamos em ganhar ao Gil Vicente”

De volta ao campeonato, o treinador garante que o Vitória Sport Clube se apresentará forte na receção aos gilistas, juntando maior eficácia ao futebol de qualidade que exibiu no Cazaquistão

O Vitória Sport Clube tem contas para acertar no campeonato e não vai adiá-las na receção ao Gil Vicente. Na antevisão ao jogo marcado para esta segunda-feira, o técnico Rui Borges mostrou-se otimista e transmitiu a ideia de que a equipa está bem e recomenda-se, pronta para reencontrar-se com as vitórias. Dizendo-se satisfeito com a qualidade do futebol apresentado frente ao Astana, na UEFA Conference League, o treinador apenas pede aos jogadores que sejam mais assertivos na conclusão de cada lance ofensivo. Por aí, será meio caminho andado para o êxito em mais um regresso ao Estádio D. Afonso Henriques.

Equipa fresca para o campeonato? “Espero que a equipa se encontre bem. Pelo menos tem respondido da melhor forma nos últimos dias. Atendendo a que jogámos na quinta-feira no Cazaquistão, para a Conference League, já ajuda bastante o facto de termos a nossa próxima partida agendada para esta segunda-feira. Ajuda em termos de recuperação dos atletas, nos sonos e nos horários de alimentação. São aspetos muito importantes na alta competição. Eles têm dado respostas fantásticas. Tínhamos a noção do desgaste a que a equipa estaria sujeita e agora estamos totalmente focados jogo com o Gil Vicente. Vai ser um bom jogo e a equipa vai estar preparada. Estou certo de que dará uma boa resposta e que irá manter a qualidade de jogo que apresentou frente ao Astana, melhorando em termos de finalização. Isso faltou-nos um pouco no último jogo, mas apresentámos futebol de qualidade e muita entrega. Esperamos repetir isso na partida com o Gil Vicente”.

Que Gil Vicente espera: “Aprecio a forma de jogar do Gil Vicente. É uma equipa que tenta sempre valorizar o jogo. Joga à imagem do seu treinador, que nunca mudou a sua ideia de jogo. É muito idêntica à nossa ideia de jogo, designadamente em termos de posicionamento defensivo e ofensivo e ainda de dinâmicas. Valorizam o jogo ofensivo. Gostam de assumir e de dividir qualquer partida. Têm bastante qualidade no último terço à custa de atletas com muita capacidade técnica, rápidos e muito agressivos. Os seus extremos são muito fortes no um contra um, pelo que se trata de uma equipa muito boa. Vêm de três resultados negativos no campeonato, mas isso não mexe com a sua qualidade e a sua dinâmica. Aprecio essa forma de forma de jogar, valoriza o futebol. Estou à espera de um jogo difícil, com as duas equipas a quererem assumir e a quererem ganhar. Nós faremos tudo para ganhar”.

Para melhorar: “O único senão do jogo com o Astana foi o pormenor da finalização. Faz parte. Por vezes, as coisas dependem muito de momentos individuais. Não estávamos tão assertivos, daí a nossa frustração. Fizemos muito para sair de lá com uma vitória fácil, mas infelizmente não conseguimos. Espero que amanhã sejamos mais eficazes, concluindo as jogadas com maior qualidade. De resto, só temos de repetir a mesma qualidade de jogo e o mesmo empenho e o mesmo rigor. Defendemos em 4x4x2 no Cazaquistão, mas desta vez estamos à espera de um adversário muito mais intenso e a pressionar. O Gil Vicente vai criar-nos muitos mais problemas, imprimindo mais dinâmica no jogo com bola do que o Astana. Será um jogo diferente numa competição diferente. Por isso, o nosso pensamento também terá de ser diferente. O nosso próximo adversário vai causar-nos problemas, mas jogaremos em nossa casa e contamos com o apoio dos adeptos. Queremos muito voltar às vitórias no campeonato, dando mais um passo no nosso percurso que está a ser fantástico. Queremos somar mais três pontos, é por eles que lutamos em todos os jogos”.

O golo do Astana nasceu de um lançamento: “É verdade que nasceu de um lançamento de linha lateral, mas os nossos jogadores estavam lá. Eles foram mais fortes nos duelos, mas eu peço essa competitividade em todos os jogos e até nos treinos. E os meus jogadores são competitivos. Devemos continuar a crescer nesse aspeto e os jogadores têm essa noção. De resto, nada falhou em termos táticos. Nesse lance estavam lá o Tiago Silva e o Borevkovic, entre outros, mas foi mais perspicaz o central do Astana. Foi mais competitivo no duelo direto e acabou por ser feliz. Custa sofrer golos assim e, naturalmente, vamos chamando a atenção para esse tipo de lances. Umas vezes perdemos esses duelos, outras vezes ganhamos. Há que saber reagir a essas contrariedades. A mim cabe-me motivá-los no sentido de se chatearem quando perdem duelos, sendo cada vez mais competitivos. Temos tido alguma dificuldade em bolas divididas e, por isso, temos de arranjar formas de lutar contra isso”.

Equipa mais forte depois de alguma turbulência? “Não olho para os ciclos, olho para cada jogo. Vimos apenas de uma derrota no campeonato, mais nada. Temos tido jogos diferentes, mas não me queixo de nada, nem me desculpo de nada. Olho para as coisas de uma forma muito objetiva: ainda ontem o Santa Clara venceu em Alvalade e ficámos a seis pontos do quarto lugar. Até então, estávamos a três pontos do quarto lugar; continuamos na Taça de Portugal, estamos entre os oito primeiros classificados na UEFA Conference League e saímos da Taça da Liga daquela forma, como já foi bem identificado. Não podia estar mais feliz com o grupo. Não vamos ganhar sempre, mas jogamos sempre com o objetivo de ganhar. Essa exigência deve existir no clube, mas nem sempre saem bem as coisas. Frente ao Santa Clara, por exemplo, fizemos eventualmente o nosso pior jogo, mas não foi por falta de vontade. Aconteceu por vários fatores. Aí não senti a equipa cansada em termos físicos; como disse na altura, senti a equipa cansada em termos mentais. Mas estou muito contente com o grupo e amanhã queremos ganhar. Ponto. Vai ser sempre assim. Aqui não existem ciclos, existem somente jogos”.

Plantel quase na máxima força: “Felizmente não temos jogadores lesionados. Estão todos disponíveis para o jogo à exceção do Tiago Silva, por castigo. Só tenho agora dores de cabeça”.

Vê aqui a conferência de imprensa: