O Vitória Sport Clube dominou por completo o Gil Vicente e construiu um triunfo folgado (4-0), provocando inclusivamente um autogolo de Sandro Cruz. Chucho Ramírez, Manu Silva e Nélson Oliveira marcaram pelos Conquistadores
O Vitória Sport Clube continua imperial em dérbis minhotos para o campeonato. Depois de ter levado a melhor sobre Famalicão, Braga e Moreirense, a equipa comandada por Rui Borges encheu-se de brio diante do Gil Vicente e arrancou para uma grande exibição no Estádio D. Afonso Henriques, goleando por 4-0, com disparos certeiros de Chucho Ramírez, Manu Silva e Nélson Oliveira. Pelo meio, atrapalhado pela avalanche ofensiva dos visitados, Sandro Cruz fez um autogolo ainda no primeiro tempo, numa altura em que o sentido de jogo apontava claramente na direção da baliza à guarda de Andrew. Com este triunfo, o Vitória passa a somar 21 pontos na Liga Portugal, ficando apenas à distância de apenas dois pontos do quinto lugar e três do quarto lugar.
Nem parecia que o Vitória SC havia defrontado na passada quinta-feira o Astana no Cazaquistão, em jogo a contar para a fase regular da UEFA Conference League. Os sintomas da ressaca europa foram, na verdade, praticamente nulos. A equipa apresentou-se forte e com ritmo elevado logo nos primeiros minutos e, por isso, não restou outra alternativa ao Gil Vicente que não fosse defender e encurtar espaços. De pouco valeu. Por entre tentativas perigosas de Kaio César, Chucho Ramírez e Nuno Santos, o Vitória SC crescia no jogo e Manu Silva esteve mesmo muito perto de inaugurar o marcador aos 45 minutos. Na sequência de um canto, a confusão instalou-se na área do Gil e, numa segunda bola, o médio apareceu a desviar, acertando na barra. Foi uma espécie de aviso à navegação contrária. É que três minutos seria o mesmo Manu Silva a precipitar o lance do primeiro golo: cruzou para o remate de primeira de Nuno Santos e, perante a defesa incompleta de Andrew, Chucho Ramírez surgiu no sítio certo a encostar para o fundo da baliza.
Após o intervalo, o Vitória SC manteve a toada ofensiva forte e tudo se tornou mais simples aos 46 minutos, graças a um autogolo de Sandro Cruz, após cruzamento tenso do lateral João Mendes – este bem desmarcado por Nuno Santos. A reação dos gilistas revelou-se ténue. Em lance de contra-ataque, Zé Carlos atiraria por cima e, aos 60 minutos, o marcador voltaria a funcionar para os Conquistadores, por intermédio de Manu Silva. Num canto à direita, Nuno Santos levantou para o interior da pequena área e o camisola 6 surgiu nas alturas a desviar de cabeça, com a bola ainda a bater num dos postes antes de entrar, após ligeiro desvio do guarda-redes contrário. A partir daqui, houve tempo para tudo, incluindo gerir o cansaço de alguns jogadores e dar rodagem a quem se encontrava no banco de suplentes, isto sem mexer no ímpeto ofensivo da equipa. A dança das substituições não enfraqueceu o Vitória SC e, por isso, foi tudo menos surpreendente que Nélson Oliveira, lançado precisamente no segundo tempo, tivesse assinado o quarto golo, aos 88 minutos, num lance em que foi bem servido por Samu.
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