De visita ao Benfica, o Vitória Sport Clube passeou classe, somou mais oportunidades e só passou ao lado de um resultado positivo. Um golo solitário de Aktürkoğlu valeu aos encarnados um precioso triunfo
O Benfica passou por um mau bocado no seu estádio perante o Vitória Sport Clube, não conseguindo ir além de uma apertada vantagem por 1-0, com um golo apontado por Aktürkoğlu. Perante um candidato assumido à conquista do título, a equipa comandada por Rui Borges apresentou-se desinibida e com argumentos suficientes para tornar o jogo muito competitivo, tendo ficado muito perto de surpreender os visitados. Por aí, a estatística do jogo não deixou margem para dúvidas: os conquistadores construíram mais oportunidades de perigo, remataram o dobro das vezes do adversário e somaram mais cruzamentos, claudicando somente na finalização. Nesse último pormenor foi mais feliz o Benfica, que se adiantou no marcador aos 29 minutos, num lance tricotado por Bah, Barreiro e Pavlidis e, por fim, finalizado com êxito pelo turco Aktürkoğlu.
O golo empolgou os encarnados, mas não retirou profundidade ofensiva ao futebol fluído praticado pelo Vitória SC. A formação minhota continuou a crescer na partida e esteve muito perto de repor a igualdade aos 38 minutos, na sequência de uma bela abertura de Kaio César para Nuno Santosm, que, por sua vez, chegaria ligeiramente atrasado ao lance para aplicar a estocada desejada. Na retaguarda, tudo corria igualmente sobre rodas, como se perceberia, por exemplo, aos 42 minutos, quando o lateral-direito Alberto (entrou no onze inicial para compensar a baixa de última hora de Bruno Gaspar) surgiu no sítio certo a desarmar Aktürkoğlu, este em situação privilegiada para alvejar a baliza vitoriana. O ataque do Benfica deparou-se com uma defesa muito organizada e, por isso, rarearam as ocasiões de perigo junto da baliza à guarda de Bruno Varela. Houve, digamos, mais ameaças do que reais momentos de perigo e essa tendência teve continuidade no segundo tempo.
Após o intervalo, o Vitória SC foi até a equipa que mais subiu de rendimento, criando uma série de problemas ao Benfica. Logo a abrir a etapa complementar (51 minutos), Óscar Rivas testou os reflexos de Trubin na cobrança de um livre; depois (64 minutos) seria Nuno Santos a aproveitar um deslize de Florentino para contornar o guarda-redes dos encarnados para rematar de ângulo apertado. Valeu então Otamendi, a cortar pela linha de fundo em carrinho, chocando inclusivamente com um dos postes da baliza num lance em que deu tudo… para evitar o pior. Depois de ter sido ligeiramente superior no primeiro tempo, por entre sustos pregados por Alberto, Kaio César e Nélson Oliveira, o Benfica viu-se realmente em trabalhos forçados e, já aos 72 minutos, Trubin vestiu mesmo a camisola de super-herói ao defender um remate de primeira de Alberto já dentro da área, após oportuna assistência de Gustavo. Por tudo isto e não só, os jogadores do Vitória SC saíram assim de cabeça bem levantada do Estádio do Sport Lisboa e Benfica, fazendo por merecer os aplausos dos cerca de mil adeptos presentes, afetos ao emblema do Conquistador.
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