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Rui Borges: “Alcançar os oitavos é um objetivo claro”

Técnico vitoriano assume que a passagem direta da fase de liga aos oitavos-de-final da UEFA Conference League é um objetivo claro do grupo de trabalho

Com o encontro da quinta jornada da fase de liga da UEFA Conference League agendado para esta quinta-feira, 12 de dezembro, na fria cidade de St. Gallen, na Suíça, Rui Borges assumiu a intenção de carimbar o passaporte diretamente para a próxima fase da competição europeia. “Estamos perto e dependemos de nós para conseguir um grande objetivo”, disse. À espera de um encontro difícil, até pelo momento do adversário, o timoneiro dos Conquistadores mostrou-se confiante antes do início do treino na Arena St. Gallen.

Antevisão ao jogo: “O Vitória não vem de duas boas exibições, mas de três. O jogo em Almaty também foi uma boa exibição, apesar de o resultado não corresponder àquilo que fomos capazes de criar ao longo do jogo. Foram três jogos em que realmente demos uma resposta muito boa. Depois de uma derrota contra o Santa Clara que nos deixou com o sentimento de que ficámos muito aquém daquilo que poderíamos e queríamos fazer. Em parte, por mérito do adversário, mas também demérito nosso porque não fomos capazes de ser o Vitória que temos sido desde o início, com um bocadinho de altos e baixos em alguns jogos, o que é normal. Nesses três jogos, depois do Santa Clara, tivemos uma ascensão grande em termos da qualidade de jogo, intensidade de jogo, parte competitiva, que era isso que nos estava a faltar. Eles perceberam. A derrota mexeu com o grupo e custou-nos. Desde aí, a equipa tem tido um comportamento muito bom dentro daquilo que é a nossa ideia de jogo e dentro daquilo que desejamos para as nossas equipas. Tem sido um bocadinho a imagem das equipas do nosso passado: equipas competitivas, intensas, dentro daquilo que cada um dá, dentro da qualidade coletiva e individual, criarmos dinâmicas ofensivas boas, valorizar o futebol. É isso que temos feito e conseguimos ao longo destes três jogos principalmente. Estamos a dar esse acréscimo à parte competitiva e de intensidade. O difícil é dar essa consistência a partir daqui. Estamos consistentes há três jogos. Temos vindo a crescer de jogo para jogo, apesar de serem três jogos muito bons. Amanhã esperamos ser iguais, competitivos, intensos, manter a nossa qualidade, não fugir à nossa ideia de jogo e conseguirmos impor o nosso jogo, não deixar o adversário fazer o jogo deles o mais rápido possível. É isso que nos define também. Do outro lado estará uma equipa que vai dar tudo porque é uma grande oportunidade de entrar ainda na luta do play-off, porque se não ganhar à partida ficará de fora. Por isso, sabemos como será o ambiente. Será um jogo difícil, mas jamais fugiremos da nossa ideia de jogo.”

À procura de um objetivo: “Estamos perto e dependemos de nós para conseguir um grande objetivo que, se calhar, ninguém esperava ou ninguém acreditava desde o início da época que poderíamos estar nesta luta de entrar diretamente nos oitavos-de-final. Estando nessa luta, queremos muito conseguir esse objetivo. Sabemos que continua difícil, apesar de só dependermos de nós. Temos de ter consistência, qualidade de jogo, intensidade de jogo e temos de ser competitivos, algo que nos vinha a faltar em alguns momentos. Estamos a conseguir tê-la. Se conseguirmos manter o nosso nível de jogo, acredito plenamente que sairemos daqui com os três pontos e com os oitavos-de-final garantidos. Esse é um objetivo claro. Queremos muito assegurar isso, não fugimos a isso. É um objetivo claro. Já conseguimos o play-off, que era o primeiro objetivo. Agora queremos os oitavos. Engrandece não só todo o trabalho que os jogadores têm feito, como o clube, a cidade e Portugal, o nosso país. É um grande objetivo que temos e sabemos de antemão que vamos defrontar uma equipa que também precisa de ganhar para ainda sonhar com o playoff, porque senão fica de fora. O contexto torna tudo mais difícil, mas não fugíamos àquilo que somos e à nossa maneira de jogar”.

Lesões e ausências: “As lesões fazem parte do futebol. Dentro daquilo que tem sido o nosso acumulado de jogos, muita sorte temos tido, não temos tido muitas lesões graves, e eu espero que assim continue. Tivemos agora o Chucho [Ramírez] e o [Bruno] Gaspar. O Toni [Borevkovic] tem uma lesão diferente. Faz parte e temos de saber lidar com isso. Dentro das contrariedades que temos, não acho que dificulta a execução da nossa ideia. Existem mais jogadores à espera de oportunidades, tal como aconteceu com o Óscar Rivas, que trabalhou bem e esperou pela oportunidade dele. E só trabalhando é que teve a oportunidade. Trabalhou bem e conseguiu. É o que é, lido bem com isso. Faz parte. Estou aqui para treinar e arranjar soluções. Quero ter toda a gente a dar-me dor de cabeça, claro, mas vamos ser competitivos amanhã independentemente das baixas que temos, tenho a certeza”.

Apoio dos adeptos: “Os adeptos são sempre muito importantes no nosso trajeto e desde sempre no trajeto deste clube. Acabo por me repetir, mas os nossos adeptos são diferentes. São reconhecidos como tal. Têm uma importância enorme. Fico feliz por saber que vamos ter muitos adeptos aqui. São importantes durante o jogo para impulsionar e motivar a equipa. É o que têm feito e têm conseguido”.

Diferenças com o primeiro jogo da época na Suíça: “Não vou comparar este jogo com o do Zurique. Cada jogo tem a sua história. O do Zurique foi na fase de qualificação. Agora já é a contar para a fase de liga. O St. Gallen precisa dos pontos para sonhar com o play-off. Nós precisamos dos três pontos para conseguir um objetivo e sonho de todos nós, que é entrar diretamente nos oitavos-de-final. Por isso, será um jogo bastante competitivo contra uma equipa competitiva, intensa, muito boa a nível físico. Joga numa estrutura tática um pouco diferente do que habitualmente encontrámos. É uma equipa forte no contra-ataque com dois extremos muito bons e um avançado muito bom também. Temos de estar preparados para as transições. Não podemos baixar o nosso nível competitivo e intensidade. Melhorámos isso recentemente. Não deixámos as equipas criarem esses momentos de transições. Era nesses momentos que nos criavam mais perigo e mais problemas desde o início da época. O St. Gallen é uma equipa muito forte na transição ofensiva, contra-ataque e ataque rápido. Temos de estar preparados e concentrados e impor o nosso jogo. Isso é o mais importante para conseguir os três pontos, que é o nosso objetivo”.

Análise ao adversário: “Não se trata de apontar os pontos fracos. É uma equipa bastante equilibrada e bastante intensa, isso complica-nos muito em termos físicos. É uma equipa muito bem preparada, parece-me. Dentro da estrutura tática deles, vão dar-nos alguns espaços. Vamos tentar explorá-los da melhor forma e ser bastante dinâmicos também, obrigá-los a desgastar-se sem bola sobretudo. Sabemos nos aspetos em que são perigosos. Nisso é que temos de nos focar. Acreditamos no nosso jogo e na nossa qualidade de jogo ofensivo. Defensivamente temos de estar muito concentrados. Sabemos que eles são muito bons no último terço. A frente de ataque deles é muito forte, principalmente contra-ataque e ataque rápido”.