O novo treinador do Vitória registou com agrado a disponibilidade dos atletas na preparação para o jogo com o Farense e garantiu que a exigência de ganhar jogos será permanente

Identificado há muito com a dimensão do Vitória Sport Clube e com o valor dos atletas que passou a comandar desde a passada quinta-feira, Daniel Sousa prometeu uma equipa competitiva e de olhos postos na vitória já neste domingo, na visita ao Farense. O tempo de preparação foi escasso, mas o treinador percebeu que não falta qualidade e potencial ao grupo, pelo que conta dar boa sequência ao trabalho desenvolvido por Rui Borges, transferido para o Sporting, introduzindo progressivamente novas ideias e procedimentos dentro do esquema 4x3x3.
Agradado com a equipa: “A receção do grupo foi ótima não só à equipa técnica, mas também em termos de resposta às novas metodologias. A aplicação foi excelente. Foram três dias típicos, de preparação, temos de ter cautelas com a adaptação à metodologia porque há sempre diferenças. É sempre preciso ter cautela com o que se faz para não se sobrecarregar os jogadores. Estamos preparados dentro do que tem sido feito nos jogos anteriores porque não dá para mudar muita coisas em três dias. No entanto, desejamos acrescentar e mostrar algumas coisas daquilo que nos vai caraterizar daqui para a frente”.
Familiarizado com o 4x3x3: “Ainda que nas últimas duas equipas em que trabalhei haja um padrão, seja em 4x2x3x1, 4x3x3 ou 4x4x2, há sempre muitas nuances que se podem explorar. O mais importante é que os jogadores se sintam confortáveis a jogar. Dentro dos sistemas há posições em que os jogadores se sentem mais confortáveis e a nossa tarefa passa por procurar esse equilíbrio”.

O trabalho em poucos dias: “Fizemos a nossa análise em função do que o Vitória tem feito. O nosso caminho vai sendo progressivo. Definimos prioridades em termos de progressão da equipa. Querer introduzir tudo num curto ciclo acaba por ser difícil, mas vamos tentar apresentar uma equipa compacta e coesa. A coesão tem a ver com o estarmos juntos, pressionarmos, sermos agressivos. É uma imagem que se adequa ao que é o Vitória. Não peço nada aos jogadores que eles não tenham feito ou que não sejam capazes de fazer”.
Fase mais tranquila da época, ainda sem UEFA: “É bom tendo em conta a mudança que existiu. É importante haver estas semanas relativamente longas, com micro-ciclos normais. Vai permitir-nos trabalhar com maior serenidade por causa das cargas. Temos mais tempo para preparar o processo de treino e para treinar”.
Reedição do bom registo no Arouca? “Penso sempre no jogo a jogo. Vão ouvir-me dizer muitas vezes que o jogo é o momento mais importante da semana, é o momento de avaliação do que se faz na semana, em que quero aferir a qualidade do meu trabalho. Tenho de avaliar o jogo desse ponto de vista. Para mim o jogo a jogo é importante para aferir conteúdos. A exigência deste clube passa por ganhar todos os jogos que temos pela frente e é essa a postura que vamos ter em todos os jogos”.

O jogo com o Farense: “Nos últimos seis jogos, o Farense pontuou em quatro e venceu fora o último jogo. Independentemente da posição na tabela, isso vai mexer e criar dificuldades extra. Em termos de jogo, joga com uma estrutura de cinco que por vezes joga mais baixa e que pode dificultar os caminhos para a baliza. Seguramente vamos procurar os caminhos para a baliza que indicamos”.
Assista à conferência de imprensa de antevisão: