Grato pela oportunidade, Luís Freire prometeu empenho absoluto na preparação de uma equipa “agressiva e ofensiva”

Apresentado oficialmente pelo presidente António Miguel Cardoso, em conferência de imprensa realizada no auditório da Academia do Vitória SC, Luís Freire assumiu a responsabilidade de dar à equipa principal de futebol o impulso necessário. Há objetivos bem definidos na Liga Portugal e o novo treinador, que assinou um contrato válido por uma época e meia, sublinhou que chegou o momento de “arrepiar caminho” rumo aos primeiros lugares da classificação, dando continuidade ao mesmo tempo a uma boa prestação na UEFA Conference League.
Regresso ao ativo: “Antes de mais, devo agradecer a confiança do presidente e da administração. Podem contar com o máximo compromisso. É o ponto mais alto da minha carreira, um treinador não faz nada sozinho. Vimos para tentar ajudar, mas sabemos que sozinhos não fazemos nada. Este caminho temos de o fazer todos juntos, temos de ser a força da natureza. Há muito caminho para fazermos, mas temos de o fazer todos juntos”.
Objetivos: “São os do Vitória. Queremos recuperar terreno no campeonato para os primeiros cinco lugares, a distância pontual é de seis pontos. Temos de arrepiar caminho, meter mãos à obra. Precisamos de toda a gente junta e unida. Como equipa vamos ter de responder. Os lugares cimeiros da tabela estão na nossa cabeça, queremos dar continuidade ao bom desempenho na Conference League para continuar a fazer história”.
Mexidas na equipa? “É um novo ciclo. Cada treinador tem a sua mentalidade e personalidade. Os objetivos em cima da mesa são mais importantes do que eu ou qualquer um. Não vou revelar se vou mexer muito, os jogadores têm de ser os primeiros a perceber. Quem acompanha o nosso trajeto sabe que somos uma equipa técnica que procura o domínio do jogo. Queremos ser uma equipa ofensiva, agressiva e reativa à perda. Queremos ganhar e jogar bem. Quando não for possível jogar bem, queremos ganhar. Temos de ser comprometidos e disciplinados, porque os pontos ganham-se de muitas maneiras”.
A imagem de treinador defensivo: “Talvez não me conheçam tão bem. Ganhei cinco campeonatos, tenho sete subidas de divisão, cheguei à Liga e trabalhei em clubes com ambição. Sempre estive habituado a ganhar. Tenho 13 anos de carreira, já joguei com dois ou três centrais. No final é que têm de estar contentes comigo e connosco. Vamos ter oportunidade de mostrar trabalho e o nosso entendimento de jogo. Qualquer desconfiança de ser ultrapassada em conjunto”.
António Miguel Cardoso: “Estava no radar e este era o momento certo”
Certo de que Luís Freire é o homem certo para o atual momento do Vitória SC, António Miguel Cardoso perspetiva uma grande “resposta” já na receção ao Arouca e para ter continuidade “até ao fim da temporada”. Para trás ficou a saída de Daniel Sousa, decidida, segundo o presidente do clube, em nome dos superiores interesses do clube.
Fase boa em perspetiva: “Estamos convencidos de que vamos entrar numa fase boa e positiva. Ainda temos muito a ganhar, o clube está ferido e quer dar uma resposta. E não será apenas no próximo jogo, será até ao fim da temporada. Nesse sentido, sentimos que o míster Luís Freire era a peça que faltava no Vitória para termos sucesso. Estava no radar do Vitória há muitos anos e achámos que este era o momento certo para vir”.
Motivos para a saída de Daniel Sousa: “O que esteve na origem da rescisão, por mútuo acordo, teve a ver com o período de instalação da equipa técnica, que não funcionou da melhor forma. Temos uma estrutura profissional, competente e sempre foi dito que era importante que todas as equipas técnicas se integrem da melhor forma com essa estrutura. Isso foi falado antes do míster entrar, mas as coisas não funcionaram da melhor forma, por vários motivos. Decidimos, ambas as partes, por término à relação porque o importante é que prevaleçam os interesses do Vitória. Existiram esses problemas e era importante mudar o caminho e não continuar com o míster Daniel Sousa”.