Num jogo bem disputado, a superioridade do Vitória SC foi contrariada pela pontaria de Pavlidis (dois golos) e Álvaro Carreras. Os Conquistadores mantêm-se no quinto lugar

Desfecho amargo para o Vitória Sport Clube. Perante um Benfica sedento de pontos para se manter na corrida pelo título, a equipa comandada por Luís Freire entrou forte, manteve o ritmo elevado até ao fim e acabou por ser surpreendida pela eficácia de Pavlidis (dois golos) e de Álvaro Carreras, perdendo por 0-3 num jogo invernoso em que produziu bem mais do que o adversário. A chuva e o relvado escorregadio foram dificuldades permanentes, mas a qualidade dos Conquistadores, perante 23.341 espectadores no Estádio D. Afonso Henriques, foi bem patente, pelo que o resultado foi tudo menos um retrato fiel daquilo que se viu dentro das quatro linhas. Os golos dos encarnados aconteceram sempre contra a corrente e foram duros castigos para os visitados, que, volta e meia, deparavam-se com o antijogo do adversário.
Por tudo aquilo que construiu, pelo empenho de todos os seus jogadores e por ter dominado em vários capítulos, o Vitória SC terminou o desafio de cabeça bem levantada e avança para a próxima jornada no quinto lugar, com mais um ponto do que o Santa Clara. Já o Benfica bem pode agradecer aos Deuses do futebol pela boa dose de sorte com que foi bafejado. E isso verificou-se bem cedo. Quase de rajada, Gustavo Silva, Telmo Arcanjo, Tiago Silva e João Mendes passaram rapidamente das ameaças às ações, mas faltou-lhes sempre a tal eficácia que acabaria por manifestar o Benfica. Assim foi aos 21 minutos: na sequência de um contra-ataque, Kokçu apareceu na cara de Bruno Varela a rematar e, apesar da defesa do guarda-redes, Pavlidis surgiu no sítio certo a encostar para o fundo da baliza. Era o suspirar de alívio entre os visitantes. Logo depois Akturkoglu, num remate de fora da área, voltaria a testar a atenção de Varela, mas a pressão do Vitória SC prosseguia e só não se traduziu em golos por inteira responsabilidade de Trubin.
Em noite inspirada, o guardião fez valer o seu impressionante poder magnético e, ainda no primeiro tempo, defenderia com classe perigosos remates de Telmo Arcanjo e Nélson Oliveira, quando nas bancadas já se gritava golo. Sem tempo a perder e ao mesmo tempo sabedor das dificuldades físicas de Nélson Oliveira e Gustavo Silva, Luís Freire refrescou o ataque no segundo tempo com as entradas de Chucho Ramírez e Nuno Santos e o domínio do Vitória SC foi subindo de tom, mas o Benfica continuou seguro nas manobras defensivas (sempre com Trubin muito atento entre os postes) e tudo se tornou mais cristalino, de forma irónica, a partir dos 78 minutos, quando Álvaro Carreras, servido por Schjelderup, apareceu a atirar fortíssimo, sem hipóteses para Bruno Varela. Atingido o 0-2, o Vitória SC passou a jogar mais com o coração do que com a cabeça e, já perto do fim, Pavlidis faria bis na recarga a uma primeira defesa de Varela, após livre marcado por Kokçu. O próximo compromisso dos Conquistadores está marcado para o próximo domingo, frente ao Rio Ave.
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