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Um despertar tardio em Vila do Conde

De visita ao Rio Ave, o Vitória Sport Clube marcou passo durante muito tempo e acabou por ser penalizado com os golos de Joca e Boateng. Vindo do banco, Nuno Santos reduziu em cima do apito final, confirmando-se uma amarga derrota

À beira de fixar um máximo histórico em termos de pontuação, o Vitória Sport Clube desiludiu em Vila do Conde. Apesar de ter tido maior posse de bola, a equipa comandada por Álvaro Pacheco pouco carburou no plano ofensivo e o Rio Ave, interessado em assegurar rapidamente a permanência no principal campeonato português, revelou-se mais eficaz, passando a gerir uma vantagem confortável no marcador a partir dos 56 minutos (2-0), altura em que Boateng deu a melhor sequência a um rápido contra-ataque. Só a partir daí é que os Conquistadores despertaram para a vida, metendo mais velocidade no jogo e a aproveitar todos os caminhos possíveis para a baliza. Essa reação apenas renderia, porém, um golo apontando por Nuno Santos, que, vindo do banco, encheu o pé esquerdo para reduzir após canto cobrado na direita (90’+5’), e o triunfo já não escapou aos visitados (2-1).  

Semelhante desfecho não estava claramente nos planos do Vitória SC, mas a verdade é que a equipa se apresentou uns furos razoáveis abaixo do que é habitual. A dupla Kaio César-Jota Silva nunca conseguiu aproveitar as costas da defesa dos vila-condenses e, por outro lado, a linha média apenas teve domínio territorial, embora sem causar desequilíbrios e sempre muito desligada dos jogadores da frente. Perante a reduzida acutilância da formação de Guimarães, o Rio Ave começou a crescer no jogo e, à passagem dos 38 minutos, beneficiava de um golaço de Joca – bateria Bruno Varela com uma bomba arrancada de fora da área. Foi uma espécie de resposta a outro remate certeiro do mesmo género, este assinado por Jota Silva (oito minutos antes), que, no entanto, não valeu golo por fora-de-jogo. De um momento para o outro, a sorte do jogo mudou e o Vitória SC não teve uma reação à altura até ao intervalo, batendo-se em campo mais com o coração do que com a cabeça.

O futebol desgarrado do conjunto vimaranense prosseguiu no arranque do segundo tempo e não só. Sempre mais confortável na partida, o Rio Ave chegaria ao segundo golo por intermédio de Boateng e só depois da entrada de Nélson Oliveira é que o Vitória SC passaria a incomodar um pouco mais a defesa contrária. As posteriores entradas de Nuno Santos e Mangas acrescentaram ainda velocidade e amplitude ao ataque, mas só perto do fim é que os vila-condenses foram realmente postos à prova, beneficiando, porém, dos reflexos do guarda-redes Jhonatan. Num bom desvio de cabeça, Nélson Oliveira viu o seu remate ser defendido, de forma espetacular, pelo brasileiro (90’+4’), fazendo a bola passar por cima da barra; na sequência do canto, valeria o tiro de Nuno Santos, com o pano a cair de imediato no palco dos Arcos. A caminhada do Vitória prossegue no próximo sábado (11 de maio), com a receção ao Braga.

A ficha de jogo AQUI