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Um mar de sorrisos e cachecóis em Vila Meã

De visita ao Externato de Vila Meã, no âmbito do projeto Conquistadores on Tour, o guarda-redes Juan Castillo e o central Óscar Rivas encheram de alegria dezenas de jovens estudantes

A sala de estudo/biblioteca do Externato de Vila Meã transformou-se num mar de cachecóis. O projeto Conquistadores on Tour assentou arraiais na vila pertencente ao município de Amarante, que será palco de um jogo particular entre as principais equipas do Atlético Clube de Vila Meã e do Vitória Sport Clube nesta quinta-feira, e dezenas de jovens estudantes da referida instituição de ensino deram cor e vida aos dois emblemas, juntamente com o guarda-redes Juan Castillo, o defesa-central Óscar Rivas e o vice-presidente Nuno Leite, em representação dos conquistadores, e os atletas Joy e Diogo Martins, ambos ligados à equipa anfitriã. Em jeito de pontapé de saída para a interação, Nuno Leite apelou à paixão pelos clubes locais, abrindo a porta, ainda assim, a novos adeptos do Vitória SC. “Em Guimarães costumamos dizer que todos devem apoiar o clube da nossa terra. Vocês devem fazer o mesmo em Vila Meã, mas se começarem a torcer pelo Vitória também ficaremos contentes”, comentou.

Por entre autógrafos e selfies, Óscar Rivas deu conta de uma experiência muito agradável. “Tive boas sensações nesta visita. Recordo-me que em miúdo apreciava muito quando a minha escola era visitada por jogadores profissionais de futebol. Deixou-me muito feliz poder participar nesta iniciativa. Registei com agrado a cara de felicidade dos jovens estudantes presentes. Foi uma experiência muito agradável, tanto para eles como para nós. Quanto mais longe chegar o nome do Vitória SC, tanto melhor. Foi uma experiência muito bonita”, referiu o defesa, que, em pouco mais de uma hora, se sentiu um pouco na pele de professor, uma profissão que chegou a equacionar, como revelou, antes de perceber que tinha potencial para fazer carreira como futebolista profissional. Estreante em ações do Conquistadores on Tour, algo “mais difícil” de realizar no seu país [Colômbia], o guardião Castillo mostrou-se encantado. “Foi linda esta experiência. Nunca tinha participado numa ação deste tipo, foi algo novo para mim e retive a cara de satisfação e de contentamento dos meninos. Foi um prazer participar e vim com a clara noção de que era importante passar-lhes o que representa o Vitória SC para nós”, vincou.

A conversa entre atletas e estudantes foi, de resto, rica em revelações surpreendentes. Castillo contou ter herdado a paixão pelo futebol de um tio e que sempre teve como ídolo David Ospina, uma “lenda” e um “histórico” guarda-redes da Seleção da Colômbia. Por sua vez, Rivas disse que tem o pai (antigo jogador de futebol) e o compatriota espanhol Sergio Ramos, um recordista em internacionalizações pela La Roja, como referências e colocou Viktor Gyökeres, Falcao e Griezman no pódio dos avançados “mais perigosos”. “Defrontei os dois primeiros, já o Griezman chegou a ser meu companheiro de equipa [no Atlético de Madrid]”, explicou o defesa, reconhecendo ter passado por um mau bocado quando se lesionou com gravidade num joelho. “Tive de ser operado e foi difícil. Superei tudo com muito trabalho e hoje estou feliz no Vitória”, juntou. Puxando atrás a fita do tempo, Castillo elegeu como momento mais duro na carreira quando teve de “deixar a casa dos pais para jogar noutra cidade”, ainda na Colômbia.

De volta à atualidade, Rivas congratulou-se por representar um clube de grande dimensão. “É um orgulho ser jogador do Vitória, quase sempre jogamos perante 15 mil e 20 mil espectadores. É uma responsabilidade representar um clube histórico de uma grande cidade”, destacou. Castillo assinou por baixo. “É um clube gigante, com mais de 100 anos e por isso é um orgulho representar um clube destes. Lutamos sempre pelos melhores resultados”, afiançou, assumindo que nunca se imaginou a fazer outra coisa na vida. “Desde pequeno que sempre quis ser futebolista. Nunca deixei de me focar na escola e em… perseguir o sonho de ser jogador. Não pensava noutra coisa e não é fácil ser jogar de futebol. O trabalho e a disciplina são o princípio de tudo para realizarmos os nossos sonhos”, indicou. Atento ao testemunho de Castillo, Rivas acrescentou que o caminho para o êxito no futebol também depende da boa-disposição dos atletas. “O segredo? Trabalhar sempre bem e muito, sempre com um sorriso. Temos que nos dedicar sempre, sem fazer má cara”, referiu.

Conselhos à parte relacionados com o futebol, a troika vitoriana deixou bem claro, no entanto, que a escola deve ser encarada sempre como plano A ou B. “Nunca se esqueçam dos estudos, é muito importante”, aconselhou o vice-presidente Nuno Leite. O caminho para o futebol é tortuoso e, por vezes, pouco duradouro, mas Óscar Rivas, ainda com 25 anos e um largo futuro em frente, ainda não vê o fim à vista. “O que farei nessa altura? Talvez jogar numa equipa de playstation”, gracejou.