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“Acho que o Vitória não merecia este resultado”

Álvaro Pacheco acredita que a derrota é injusta, elogiou a atitude dos seus jogadores e assegurou que a equipa vai dar uma resposta já no próximo encontro para atingir a marca dos 63 pontos

A análise de Álvaro Pacheco ao encontro disputado no Estádio do Rio Ave FC, que acabou com o Vitória SC a perder por 2-1, tem uma conclusão simples: “Podemos dizer que é injusto porque, se repararem, o Rio Ave fez dois remates à baliza e fez dois golos”. Depois de uma primeira parte “muito equilibrada com duas equipas taticamente perfeitas a anular os pontos fortes do adversário”, o Vitória Sport Clube entrou melhor nos últimos 45 minutos e respondeu prontamente ao golo adversário. “No entanto, se repararem, o nosso melhor período se calhar foi depois de sofrer o 2-0”, disse o timoneiro.

Álvaro Pacheco desviou o foco já para o próximo encontro, agendado para o próximo sábado, dia 11 de maio, no Estádio D. Afonso Henriques. Certo de que nada há a apontar ao grupo vitoriano na partida disputada em Vila do Conde, o treinador adia o marco histórico dos 63 pontos para o Dérbi do Minho. “Penso que não podemos apontar nada aos meus jogadores. É evidente que estamos tristes pelo resultado, mas podemos atingir o nosso objetivo no próximo jogo e fazer 63 pontos”, rematou.

Jorge Nunes: “Antes de falar sobre o jogo, quero mandar um forte abraço para o nosso Jorge Nunes, nosso fotógrafo, porque se sentiu mal antes do jogo. Neste momento está no hospital e, pelo que sabemos, está fora de perigo, mas quero mandar-lhe um forte abraço de qualquer das formas e desejar-lhe rápidas melhoras”.

Imunes ao que acontece no exterior: “Quem está no futebol há muitos anos sabe que há sempre situações a acontecer e as equipas e os grupos têm de estar imunes a isso. Sabemos que, de ano para ano, acontecem sempre alguns episódios, mas nós temos de estar preparados e sermos capazes de os ultrapassar”.

Análise ao jogo: “Podemos dizer que é injusto porque, se repararem, o Rio Ave fez dois remates à baliza e fez dois golos. A primeira parte foi muito equilibrada com duas equipas taticamente perfeitas a anular os pontos fortes do adversário. Fizemos golo numa das oportunidades que conseguimos criar, mas estava fora de jogo. E numa situação de remate de meia distância, em que o Rio Ave foi capaz de chegar à nossa baliza, foi feliz e passou para a frente. É evidente que esse golo foi importante para o desenrolar do jogo porque uma equipa, e o Rio Ave esteve muito bem, optou logo por jogar com as linhas baixas e sair em transições e nós tínhamos de ir atrás do marcador. Jogámos contra uma grande equipa com um treinador que trabalha muito bem taticamente e que soube mexer no jogo de forma a dificultar-nos o trabalho de atingir o nosso propósito, mas acho que a equipa foi atrás do que pretendíamos, que era chegar ao golo. Tivemos uma oportunidade para fazer o 1-1. Não conseguimos e mesmo assim conseguimos empurrar o Rio Ave lá para trás. O que nós pretendíamos era atrair o Rio Ave à pressão para depois libertar os espaços. Não havia muitos espaços porque o Rio Ave foi capaz de fechar os espaços”.

Reação ao golo: “Numa perda de bola, numa transição, o Rio Ave fez o 2-0. É evidente que se sentiu mais confortável e mais confiante. No entanto, se repararem, o nosso melhor período se calhar foi depois de sofrer o 2-0. Nesse momento conseguimos empurrar o Rio Ave para trás, conseguimos criar oportunidades. Tivemos uma oportunidade flagrante do [Tomás] Händel, que fica na cara do golo. Se fizesse o 2-1 talvez estivéssemos aqui a falar de outro resultado porque a equipa ganhava ali um elã muito grande. Mesmo assim depois ainda tivemos uma oportunidade do Nélson Oliveira para defesa do guarda-redes adversário. Não fomos capazes de fazer o 2-1 para entrar no jogo, mas nesse período em que nós fomos atrás do resultado, não me lembro de um remate à baliza do Rio Ave. O Rio Ave fez dois remates e fez dois golos. Foi um jogo muito equilibrado e que foi definido por pormenores. E, nos pormenores, hoje o Rio Ave foi mais feliz do que nós. Acho que o Vitória não merecia este resultado, mas o futebol faz-se mesmo assim e agora vamos focar-nos já no próximo desafio”.

Segunda parte do encontro: “Na primeira parte foi um jogo muito equilibrado, muito tático. Foi muito ao pormenor. Na segunda parte mudámos a nossa forma de pressionar para criar surpresa ao Rio Ave e acho que conseguimos. Entrámos muito bem e podíamos ter feito o 1-1. Depois quando a equipa está exposta e tem de pegar no jogo e o adversário está à procura do erro, sofrer são situações que acontecem. Não quero é que os meus jogadores percam a coragem de jogar o nosso jogo. É perante estes períodos e estes episódios que eles se tornam mais fortes. Perdemos a bola e ficamos a perder por 2-0, mas mesmo assim a atitude e o compromisso da equipa não mudaram. Fomos à procura do golo para entrar novamente no jogo. Penso que não podemos apontar nada aos meus jogadores. É evidente que estamos tristes pelo resultado, mas podemos atingir o nosso objetivo no próximo jogo e fazer 63 pontos”.