O Vitória Sport Clube protestou, junto do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Voleibol, o jogo com o Ala Nun’Álvares de Gondomar a contar para os quartos-de-final da Taça de Portugal, realizado no passado dia 16 de fevereiro de 2025, em Gondomar, por erro técnico cometido pela equipa de arbitragem ao conceder três “tempos” num set à equipa adversária. O Vitória Sport Clube entende que a integridade e a verdade desportiva são elementos essenciais e cruciais para a credibilidade dos campeonatos e das competições e, por isso, não pode aceitar com leviandade a decisão do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Voleibol perante um claro erro técnico de arbitragem cometido.
A concessão de três ou mais “tempos” num set é expressamente proibida pelas Regras Oficiais de Voleibol da FIVB 2021-2024. O artigo 15.1. estabelece o número de interrupções de jogo regulamentares: dois “tempos” e seis substituições por set. No decorrer do segundo set, a equipa do Ala Nun’Álvares Gondomar solicitou o primeiro pedido de tempo aos 16:14, o segundo pedido de tempo aos 18:17 e o terceiro pedido de tempo – que já não é contemplado pelas Regras Oficiais – aos 21:20 do mesmo set. O capitão de equipa e o treinador do Vitória Sport Clube alertaram a equipa de arbitragem para a irregularidade do pedido. Os alertas da equipa vitoriana foram desconsiderados e a equipa de arbitragem concedeu o terceiro tempo à equipa do Ala Nun’Álvares Gondomar.
Assim que o jogo foi retomado, o capitão do Vitória Sport Clube informou que a equipa jogaria, a partir daquele momento, sob protesto. O árbitro informou de imediato o capitão da equipa adversária. O protesto foi finalmente registado no boletim oficial de jogo. No fim do encontro, o primeiro árbitro pressionou o capitão de equipa do Vitória Sport Clube para assinar rapidamente o boletim de jogo, recusando-se a conceder, conforme solicitado, o tempo necessário para que o capitão e os responsáveis vitorianos procedessem ao registo pormenorizado do protesto.
Posteriormente, a equipa de arbitragem e o Delegado Técnico foram novamente abordados pelos representantes vitorianos, que deixaram claro que o capitão de equipa nunca se recusou a assinar o boletim de jogo e que queriam efetivar o protesto. As alegações de protesto foram posteriormente apresentadas, por escrito, pelo Vitória Sport Clube, tendo o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Voleibol recusado aceitar ou receber as alegações por considerar que não foram cumpridas as formalidades essenciais, abstendo-se conhecer da matéria de facto do Protesto, o flagrante erro de arbitragem verificado.
A resistência em reconhecer um erro, escolhendo o caminho de nada fazer para o reparar, fere gravemente a verdade desportiva da competição. O Vitória Sport Clube procura apenas ver reposta a integridade da competição através da repetição do jogo em causa. Perder ou ganhar é inerente à prática desportiva, mas também o devem ser a verdade desportiva e a integridade das provas e o cumprimento dos regulamentos.