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“O bem-estar do grupo deve estar acima de qualquer objetivo pessoal”

Salvador Costa é um dos capitães dos Sub-17

Chegou ao local da entrevista com uma garrafa de água na mão. E pergunta o leitor: qual a importância disso para esta notícia? A verdade é que os detalhes contam cada vez mais e Salvador Costa é, além de um dos capitães dos Sub-17, um dos atletas mais preocupados com a hidratação e tudo aquilo que contribui para obter a melhor performance de um jogador.

Natural de Santa Maria da Feira, o central chegou na última época ao Vitória, onde alinhou no escalão de Sub-15. Na presente temporada, subiu um patamar e assume, hoje, um lugar no onze dos Sub-17. Além da responsabilidade de alinhar num escalão acima, Salvador viu-se com o desafio acrescido de assumir a braçadeira, juntamente com outros colegas.

É dos mais jovens da equipa, no entanto, não precisamos de investigar para perceber a razão que levou o mister João Tiago Ribeiro a integrá-lo no leque de capitães. Ao longo da conversa, foi percetível o sentido de responsabilidade e altruísmo, características inerentes a um bom capitão, tal como o próprio referiu. “Acho que um capitão deve ter a comunicação como um dos pontos fortes, depois deve ser responsável e pensar no bem-estar da equipa acima de tudo. Acima dos próprios objetivos pessoais que possam existir. É isso que tento fazer nos treinos e nos jogos, unir os meus colegas em todos os momentos da partida, independentemente do resultado”, referiu.

“Quero marcar mais golos”

Além de procurar unir o grupo, Salvador Costa gosta também de marcar golos. A posição recuada no terreno não o impede de celebrar, tendo-o feito na última jornada, frente ao Leixões SC: “É um dos meus objetivos, marcar cada vez mais golos. Procuro ser um jogador forte no jogo aéreo para aproveitar as bolas paradas (risos). Ainda no último jogo fui eu que marquei e foi na sequência de um canto. Penso que sou um jogador com qualidade no passe longo e também na comunicação com os colegas”.

Autor do golo vitoriano, e que na altura colocou a sua equipa a vencer, o defesa reconhece que o resultado não foi o desejado mas, ainda assim, acredita que a equipa vai dar uma boa resposta no regresso a casa: “Estávamos bem no jogo mas deixámo-nos empatar, não era claramente o resultado que pretendíamos. Depois de dois jogos fora de portas, acredito que o próximo jogo irá correr melhor e que a nossa estreia na Pista Gémeos Castro será brindada com um triunfo. Considero que jogar na relva trará sempre coisas boas e que temos de estar preparados para isso o mais rapidamente possível para conseguirmos ter bom rendimento frente ao Rio Ave”.

“O maior segredo para conseguir ter sucesso é saber organizar bem o meu tempo”

Fala da sua “mini carreira”, como o próprio apelidou, com orgulho e a verdade é que os desafios que enfrenta diariamente sustentam esse brio. Natural de Santa Maria da Feira, Salvador acorda todos os dias às 5h30 da manhã e volta a entrar em casa já depois das 20h. Entre viagens para Guimarães, aulas e treinos, o jogador parece fazer tudo bem. “No ano passado, foi aluno no quadro de mérito e pretendo continuar a ter boas notas. Penso que o facto de ter o dia tão ocupado faz com que também me torne mais organizado e focado. Tenho a preocupação de fazer sempre o meu melhor. O maior segredo para conseguir ter sucesso é saber organizar bem o meu tempo, e penso que o tenho conseguido”, vincou.

A frequentar o 10º ano, o jovem português gostaria de seguir “algo relacionado com engenharia” e lembra que o foco no futebol tem igual dimensão nos estudos. Por ele e por “indicação” dos pais: “Os meus pais são muito presentes e incentivam-me muito no desporto mas também estão sempre a lembrar-me que não posso descurar a escola”. Continuar a ser visto como bom aluno é um dos objetivos de Salvador, tal como continuar a ter sucesso dentro de campo. “Quero conseguir afirmar-me nos Sub-17 e continuar a jogar com regularidade. Se o meu desempenho no Vitória levar a que seja chamado para a Seleção Nacional, perfeito, mas se isso não acontecer, não ficarei preocupado. A Seleção é uma ambição, não é uma obsessão. No ano passado fui chamado para estágios de preparação e é natural que tenha o sonho de ser internacional”, concluiu.