De volta ao Estádio D. Afonso Henriques, o Vitória Sport Clube bateu o Santa Clara por 2-1. Ndoye e Samu faturaram pelos conquistadores

O Santa Clara sentiu na pele a capacidade de reação do Vitória Sport Clube e o forte apoio dos adeptos no Estádio D. Afonso Henriques. Oportuno a aproveitar um momento de desatenção da defesa contrária, Vinícius Lopes inaugurou o marcador logo aos seis minutos e a formação açoriana ainda conseguiu defender a magra vantagem durante mais de uma hora, mas deparou-se com um adversário de alma cheia e virado para o ataque e acabou por saborear o travo amargo da derrota, com Ndoye e Samu a assinarem os golos da reviravolta (2-1). Pelo domínio, maior volume de jogo ofensivo e números superior de oportunidades criadas, os conquistadores justificaram bem a cambalhota num jogo em que foi preciso ter coração e crença total num bom resultado.
Na antevisão da partida, depois da derrota sofrida em Alverca, Luís Pinto já havia sublinhado que a equipa vitoriana tinha potencial para mais e os jogadores deram-lhe razão, respondendo de forma positiva à contrariedade de sofrer um golo demasiado madrugador. Para grandes males, grandes remédios. Consumado o tal golo de Vinícius Lopes, o Vitória SC engoliu em seco, arregaçou as mangas e encheu-se de fé em busca da reviravolta no marcador, impulsionado ao mesmo tempo pelas palmas e cânticos que ecoavam das bancadas e que nunca se esgotaram até ao fim. Novidades no onze inicial, Samu e Fabio Blanco conferiram o dinamismo necessário à equipa e as posteriores entradas de Mitrovic, Lebedenko e Ndoye, também se revelaram acertadas, com o Vitória SC a ganhar maior amplitude na frente de ataque e capacidade para rasgar o muro defensivo contrário.
A resistência do Santa Clara durou 73 minutos, momento em que o capitão Samu cruzou de forma perfeita para o desvio, de cabeça, certeiro de Nodye. A pressão do Vitória SC subia de tom e seria o mesmo Samu a assinar o segundo golo. Aconteceu numa recarga na sequência de um canto batido por Telmo Arcanjo e de um primeiro desvio de cabeça de Rivas, defendido a custo pelo guarda-redes Gabriel. Antes, à passagem dos 53 minutos, Noah Saviolo esteve muito perto de assinar um golo antológico. Em lance individual, tirou dois defesas do caminho e concluiu com um potente remate de pé esquerdo, acertando na barra. Renascido das cinzas, o Vitória SC chegou a dar algum espetáculo, mas também brilhou pela capacidade de luta, resistindo bem à pressão final do Santa Clara. Os três pontos ficaram mesmo em casa, em mais uma noite feliz na fortaleza de Guimarães.
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