Alertado para um Santa Clara “de qualidade e muito organizado”, o treinador prometeu um Vitória SC revigorado na partida deste sábado
A frustração provocada pelo desaire em Alverca, na última jornada do campeonato, foi dissipada com trabalho. Não há mais tempo a perder e, segundo o técnico Luís Pinto, o Vitória Sport Clube tudo fará para reencontrar-se com os triunfos na receção ao Santa Clara. Certo de que não falta qualidade no grupo que comanda, o treinador carregou na ambição, sublinhando que o espírito competitivo será meio caminho andado para o êxito.
Retificações a fazer: “Julgo que tem a ver com a consistência de que falámos na semana passada. A equipa tem demonstrado capacidade em ser competitiva e competente, queremos ser mais consistentes ao longo do tempo. Não fomos capazes nesse jogo [frente ao Alverca], não ficámos satisfeitos com a forma como estivemos dentro do campo. Queremos ter capacidade para ser mais consistentes e mais constantes na forma como nos apresentamos e disputamos os jogos. Fomos muito mais apáticos em relação ao que tínhamos sido nos dois jogos anteriores, não podemos permitir que isso aconteça”.
O Santa Clara: “É um adversário com qualidade que se apresenta muito organizado no momento defensivo e que é pragmático ofensivamente. É um adversário que está identificado com ideia do Vasco Matos, com aquilo que lhes trouxe sucesso num passado recente. Temos de ser mais consistentes ao longo do tempo, ter uma maturidade maior, repetindo aquilo que já fomos capazes de apresentar em alguns jogos. Temos de ter o mesmo procedimento em todos os jogos. Essa maturidade tem a ver com o que queremos que seja a nossa equipa. Temos de nos dedicar ao jogo de uma forma muito vincada. Queremos conquistar duelos, primeiras bolas, segundas bolas, ter critério quando temos bola. A preparação para este jogo teve a ver com isso, em estarmos focados no que queremos ser enquanto equipa”.
Tem faltado traquejo ou matreirice? “Digo isto com a convicção plena do que estou a dizer. Aquilo que sinto é que temos muito potencial na nossa equipa. O que nos causa mais revolta e frustração tem a ver com a capacidade que entendemos que há no grupo, mas não temos sido consistentes a mostrar isso em campo. A qualidade do grupo que estamos a criar faz-nos crer que temos capacidade para ser muito mais competentes e competitivos do que fomos no último jogo. Não se trata de maturidade, mas sim percebermos o que não é negociável como clube e equipa. Há determinadas coisas que temos de garantir que podemos dar no jogo. O que sentimos todos é que temos capacidade para sermos mais vezes o que fomos nos jogos com o Estrela e Braga e menos o que fomos no Alverca. Temos de evitar ao máximo estes dias menos conseguidos e procurar que o nosso crescimento seja sustentado”.
Mudanças no onze: “Podemos olhar para o último jogo de duas formas. Do ponto de vista mais emocional, temos de perceber que podíamos ter feito muito mais na segunda parte, com mais criatividade. Mas tivemos várias formas de chegar ao último terço no último jogo. Até houve variabilidade na forma com tentámos, não houve foi a intensidade certa. Vamos ser mais fortes no próximo jogo nesse aspeto. Quanto a mudar peças ou não, tem a ver como olhamos para o jogo e para a organização do Santa Clara. Mas, isso é o que fazemos em todos os jogos. Olhamos para o nosso onze como a prioridade e depois para o lado estratégico do jogo”.
Gonçalo Nogueira: “Está na fase final da recuperação”.
